segunda-feira, julho 24, 2006

Devesa e Passeio verde

OBRAS NO CENTRO DA CIDADE

As obras da antiga devesa aproximam-se do fim, é portanto altura de fazer um pequeno balanço das obras ali feitas.

QUE DIZER SOBRE AS MUDANÇAS NO CENTRO DA CIDADE?

Devesa e Passeio verde
Já aqui me manifestei contra a descaracterização do antigo parque da cidade, já aqui considerei que o actual largo da Sé, seria o ideal para figurar a porta de um qualquer cemitério de aldeia, já aqui declarei que o abandono da zona histórica da cidade durante mais de vinte anos deveria ter sido considerado crime e os responsáveis da altura devidamente punidos, falei igualmente do abandono do miradouro de S. Gens, da desgraça em que se encontra a praça Camões etc., etc., etc., resta apenas acrescentar que não só denunciei o que entendia que estava mal e que continua a estar em alguns casos, como aplaudi a realização de algumas obras (e são muitas felizmente) que me pareceram correctas e aproveito o momento para desde já felicitar a autarquia Albicastrense pelo inicio das obras no antigo edifício dos correios desejando que de futuro a sua utilização seja uma mais valia para a nossa cidade.
Como já aqui afirmei nasci em Castelo Branco há cerca de 55 anos e aqui cresci e me formei como homem, dito isto quer desde já afirmar que talvez tivesse alguma lógica estar aqui a defender tudo aquilo que me habituei a ver desde criança e que fazia parte do meu imaginário, assim como de muitos Albicastrenses.
Porem tal situação não será impedimento (penso eu) para ajuizar de forma honesta as obras feitas no centro cívico na nossa cidade.

A DEVESA
A devesa foi sempre (pelo menos que me lembre) uma autêntica desgraça no centro da cidade, os parques de estacionamento improvisados, mas nunca acabados foram sempre os seus maiores êxitos a única duvida, que se podia colocar em relação á devesa, nunca poderia ser quanto á necessidade das obras mas sim qual o projecto para o local. Agora com a finalização das obras à vista penso que a cidade se pode orgulhar da nova devesa, mas nunca docas e muito menos secas (pois a cerveja desliza por ali).
Não querendo copiar o Prof. Marcelo, mas com a devida vénia eu daria as obras ali feitas nota positiva de 20 Valores, pelo bom trabalho ali feito.
O PASSEIO VERDE
O passeio verde, local de convívio de muitas gerações de albicastrenses, sofre alterações drásticas!
Esta bem poderia ser o título de uma qualquer notícia sobre as alterações ali efectuadas. Que dizer desta hipotética noticia que não foi noticia, mas cujo o assunto se tornou realidade. Vamos por partes!

As obras eram necessárias!

Quanto á justeza das obras no local é assunto encerrado para mim, basta pensar nas casotas situadas por baixo do passeio verde, nos carros aos montes ali estacionados ou ainda nas dificuldades de circulação do transito, para estar de acordo com elas e por aqui me fico.
Agora quanto ao resultado das obras (o novo passeio verde) aqui é que o gato mija no prato, trocar a floresta que ali existia com todo o seu significado ambiental e histórico, por carradas e carradas de granito é no mínimo bizarro e de muito mau gosto.
Mas também aqui de quem é a responsabilidade?
Nossa Albicastrenses!
Onde estava-mos nós quando o projecto para o local foi apresentado para discussão, (se é que alguma vez ele esteve em discussão). Pois é, como diria o poeta cada um tem aquilo que merece.
E para terminar este ponto, quero aqui expressar a minha discordância em público contrariando a grande maioria dos albicastrenses que pensam que a melhor forma de estar de acordo é comer e calar.
Não era difícil dar á devesa uma nova cara e respeitar parte do seu passado histórico, bastava apenas alguma sensibilidade, bom senso e algum respeito pelo passado.
Nota negativa, para esta obra senhor Presidente.
O ALBICASTRENSE


sexta-feira, julho 21, 2006

FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR


Dando continuidade ao prometido vou hoje avançar alguns séculos no tempo e apresentar outro grande albicastrense.
O arqueólogo e o Homem

FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
(1883 – 1916)
- Fundador do Museu de Castelo Branco –
1883 - 1 De Junho: nasce em Lisboa, de família de alto de relevo social e político em Castelo Branco e na Beira baixa;
1899 - Aluno do Colégio de Arreton-Vicarage, na Ilha de Wight, Inglaterra. Visita Museus, Galarias e Monumentos. Primeiros ensaios literários;
1901 - Estadia em Davos (Suiça), no Sanatório de Schatz-Alps. Dedica-se à fotografia. Estuda na Serra da Estrela e nova permanência na Suiça.
Publica: A Tuberculose;
1902 - Regressa a Portugal. Durante algum tempo, reside na Serra da Estrela. Matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra. É cada vez mais consistente o seu amor pela arqueologia e ciências afins.
As férias são aproveitadas para a realização de explorações arqueológicas na região de C. Branco;
1903 - Continua a frequentar, com resultados irregulares, a Faculdade,
publica no instituto ( nº 7e9 do volume. 50) os artigos: Coisas velhas – O acampamento da Ocresa e Coisa Velhas – Sepulturas de Mouros;
1904 Sócio efectivo da Real Associação de Arquitectos e Arqueólogos, da Société Préhistorique de France, e sócio titular da Société Française de Fouilles Archéologiques.
Publica: Antiguidades – I – Resultado de explorações feitas nos arredores de Castelo Branco em Setembro e Outubro de 1903; e Vestígios do passado ( vol. 51, nº 1, do instituto);
1905 - Apresenta comunicações ao Congresso Pré-Hitórico de Périgueux. Visita estações pré-históricas Francesas. Continua as suas explorações arqueológicas na região de Castelo Branco,
Publica: A Fé (conto); Notice sur deux monuments épigraphiques; Camilo Castelo Branco, 1825-1890, Autobiografia coordenada e anotada;
1906 - Condecorado pelo Governo Francês: Oficial da Instrução Publica. Toma parte no Congresso de Pré-história realizado no Mónaco. Sócio do Instituto de Coimbra.
Publica; Essai de classification des dolmens Portugais; O Congresso Pré-histórico de França; O Dr. Capitan e a « Notice sur deux monuments épigraphiques » ; Camilo Castelo Branco e Gabriel de Mortillet; Eduardo Piette – algumas palavras a seu respeito; O tiro de combate;
1907 - Abandona o curso de Direito, manifestando a intenção de se matricular no curso superior de letras.
Publica: Inscrições romanas da Castelo Branco; e, no Compte-rendu du Congrès Préhistorique de France, os artigos. Quelques mots á Mr. Doigneau, Sur les mégalithes et enceintes portugaises e Essai d’inventaire des enceintes portugaises;
1908 - Participa no Congresso de Pré-história de Autun.
Publica: Les enceintes portugaises, leur classification, leurs types; e Ensaio d’ inventário dos Castros portugueses;
1909 - Sócio correspondente da Sociedade Martins Sarmento.
Publica; Anta da Urgueira (Beira Baixa);
1910 - Organiza o Museu de Castelo Branco. Edita e dirige a revista Materiais, da qual saíram no decorrer do ano, três números. Publica: Archeologia do Distrito de Castelo Branco ( 1º Contribuição para o seu estudo); Inscrições inéditas. Sobrevivências, tipos e costumes, As queijeiras redondas de Castelo Branco e as cabanas da Serra da Estrela; e em
L’Homme Pré histórique, o artigo Sur les instruments portugais en pierre polie;
1911 - Sai de Portugal. Deambula por várias localidades espanholas;
1912 - Acentua-se a tuberculose. Consulta médica em Davos-Platz:
1913 - Viagem a Itália;
1915 - Publica: Avant la Guerre – Inventions d’artillerie;
1916 – Na Suiça.
Publica: La vie ( qualques notes), Avec un appendice sur la turbeculose. 24 De Setembro: morre em La Rosiaz, Lausanne. 14 De Outubro: Funeral em Castelo Branco.
Na sua pedra tumular no cemitério de Castelo Branco constava a seguinte inscrição.
AQUI JAZ NA BOA TERRA DE CASTELO BRANCO UM HOMEM DE QUEM DEVE COM PROPRIEDADE DIZER-SE, DO SEU ESPÍRITO INQUIETO E CRIADOR, DA SUA MENSAGEM DE SUPERIOR BELEZA E DE INCALCULAVEL PROJECÇAO SOCIAL, QUE HÁ MORTOS QUE VERDADEIRAMENTE NÃO MORREM.
Dados de José Lopes Dias,
Tirados do livro. Roteiro do Museu de Francisco Tavares Proença
Da. Autoria de António Forte Salvado

O Albicastrense

segunda-feira, julho 17, 2006

Orquestra Típica Albicastrense

MEIO SÉCULO A CANTAR E A
 TOCAR, AS MÚSICAS DA NOSSA BEIRA BAIXA

A Orquestra Típica Albicastrense conta já com 50 anos a dar-nos musica.
As comemorações estão a decorrer durante o mês de Julho na cidade de Castelo Branco. Mais que saudar e festejar meio século de vida de uma instituição, interessa recordar todos aqueles que com o seu esforço e dedicação contribuíram e continuam a contribuir para tornar a nossa orquestra típica uma das melhores, do seu género em Portugal.
Todos nós de uma ou outra maneira conhecemos, no passado ou presente, alguém que por ali tenha passado. Não sendo eu uma excepção gostaria de aqui recordar alguém que se fosse vivo, ali estaria ainda hoje de pedra e cal, cantando e encantando todos os albicastrenses. Estou a falar do José Rocha com quem trabalhei na antiga Auto-Mecanica da Beira nos finais da década de sessenta. A sua dedicação a O.T.A era total, a ele ao Dr. Ernesto Pinto Lobo que também tive o privilégio de conhecer e a muitos e muitos outros que nos estarão a dar musica num qualquer lugar desconhecido o meu Bem - Haja
O Albicastrense

quinta-feira, julho 13, 2006

Fotografias do Antigo Centro da Castelo Branco



Com a finalização das obras da devesa, o centro cívico da cidade vai por fim ter paz e sossego, mas a este assunto voltarei dentro de algum tempo, hoje gostaria de aqui mostrar a todos aqueles que visitam este site, duas fotografias daquele lugar no inicio do século XX

Porém quer desde já afirmar que o faço sem qualquer saudosismo.

Fotografia – Nº 1 Foi recentemente restaurada por mim e quero desde já agradecer ao Sr. Castilho, (dono de um estabelecimento comercial, situado no r/c do centro comercial Nuno Alvares, com o nome RODA DA SORTE), o facto de tornar possível este restauro.

Fotografia – Nº 2 É apresentada sem qualquer restauro.

O Albicastrense

sábado, julho 08, 2006

JOÃO RODRIGUES DE CASTELO BRANCO

A partir de hoje este bloog irá aqui divulgar o nome de albicastrenses ilustres, que com o seu exemplo de vida e amor a Castelo Branco, contribuíram para a divulgação da nossa terra.

O PRIMEIRO

JOÃO RODRIGUES DE CASTELO BRANCO

Amato Lusitano

Judeu português, médico e escritor: 1511 - 1568

QUANDO TUDO ACONTECEU

1511: Nasce em Castelo Branco (lat. 39.75º N e long. 08.50º W), João Rodrigues. – 1533: João Rodrigues de Castelo Branco, conclui o Curso de Medicina, na Universidade de Salamanca. 1533/1534: Vive e exerce em Lisboa (lat. 38.75º N e long. 09.25º W). Parte para Antuérpia. – 1534/1541: Vive em Antuérpia (lat. 51.40º N e long. 04.50º E ). – 1536: Publica o seu primeiro livro o «Index Dioscoridis». – 1541/1547: É professor na Universidade de Ferrara (lat. 44.75º N e long. 11.50º E). Encontra João Baptista Canano. 1541: Inicia a escrita da 1.ª Centúria. – 1547/1555: Passa a viver em Ancona (lat. 43.60º N e long. 13.25º E). – 1555/1556: Muda-se para Pesaro (lat. 43.70º N e long. 12.50ºE), mas durante pouco tempo. – 1556/1558: Vive em Ragusa, hoje Dubrovnik (lat. 42.40º N e long. 18.00º E). – 1556: Escreve a 6.ª Centúria (Ragusina). – 1558/1568: Vive em Tessalónica, hoje Salónica (lat. 40.30º N e long. 23.00º E). – 1561: Escreve a 7.ª e última Centúria. – 1568: Morre em Tessalónica, de peste.

Mais dados sobre Amato Lusitano em

www.vidaslusofonas.pt/joaonabais.htm

domingo, julho 02, 2006

Edifício - Portugal Telecom

UM MONSTRO SITUADA
NO CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE

O edifício ” Portugal Telecom”

Titulo de primeira página do jornal “A reconquista” - Morão faz obra da PT

A primeira pergunta a fazer será sem qualquer dúvida a seguinte:

Como foi possível a construção de tal mamarracho no centro histórico da cidade?
Após alguma pesquisa encontrei um livro livre bem interessante e bastante esclarecedor sobre o assunto “O Programa Polis em Castelo Branco - Álbum Histórico” da autoria de António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintela d’ Oliveira. Com a sua leitura fiquei desde logo a saber todas as peripécias da sua construção. Aos autores desde livro o meu agradecimento pelo belíssimo trabalho histórico desenvolvido, recomendando desde já a sua leitura a todos aqueles que gostam de estar informados sobre o passado o presente e até o futuro de Castelo Branco.
Mais que saber que o arquitecto responsável pela obra foi Raul Espada Cruz e de que houve quem na Câmara Municipal tentasse impedir a sua construção, e que os albicastrenses mais uma vez enfiaram o chapéu e assobiaram para o lado, como nada se passasse. Importa desde logo que projecto existente para a praça Postiguinho de Valadares não caia mais uma vez em saco roto, e de que a Câmara Municipal tudo ira fazer para minimizar os estragos feitos nos anos 70, devolvendo á zona histórica da cidade e aos Albicastrenses aquilo que lhe pertence por direito e que se chama Praça Postiguinhos de Valadares.
Joaquim Morão garante: “Vamos colocar a obra a concurso dentro em breve”.
Senhor Presidente os Albicastrenses estão consigo nesta empreitada, não prometa! Cumpra e ficará na nossa memória.

O Albicastrense

CCCCB, DEZ ANOS APÓS A SUA INAUGURAÇÃO

  UM EDIFÍCIO QUE DEVIA SER MOTIVO DE ORGULHO PARA A TERRA ALBICASTRENSE, ESTÁ COMO AS IMAGENS DOCUMENTAM.  QUEM PASSA À SUA PORTA E OLHA P...