terça-feira, fevereiro 27, 2007

COLECTIVIDADES DA MINHA TERRA


Associação Recreativa
do

Bairro do Cansado
Sendo eu um natural do Bairro do Cansado e tendo ali vivido mais de trinta anos, nada me daria mais prazer que poder falar aqui de uma pequena associação, que sendo pequena em estruturas é porem muito grande na sua dinâmica social, cultural e desportiva.
Fundada em 13 de Junho de 1992, a Associação Recreativa do Bairro do Cansado é reconhecidamente uma das mais populares de Castelo Branco. Não só por se situar no segundo
bairro mais antigo da cidade, mas sobretudo pelo trabalho efectuado ao longo de quase 15 anos de actividade em campos tão diversos como o social, o desportivo, e o cultural, sentindo necessidades e suprimindo carências das populações e disponibilizando vários serviços e valências.
Esta a
ssociação é sem qualquer duvida uma lufada de ar fresco no meio associativo da nossa cidade, enquanto a maior parte das nossas associações, se guerreiam muitas vezes em disputas desportivas, esta sabendo das dificuldades de muitos dos moradores do bairro na qual ela se insere, resolve deitar mãos a situações de âmbito social.
Recentemente assinou um protocolo com o banco alimentar contra a fome, que irá permitir a distribuição de alimentos a famílias carenciadas do Bairro do Cansado.
A primeira acção teve lugar na habitual entrega de cabazes de natal, promovida em parceria com a Junta de Freguesia e Câmara Municipal.
Como albicastrense que nasceu e cresceu neste bairro, apenas algumas palavras… vocês deveriam ser o exemplo a seguir e não a excepção.
Filiada no INATEL esta associação mantêm uma actividade desportiva regular, dinamizando uma secção de atletismo, cujas equipas participam em provas concelhias, distritais, nacionais e internacionais e onde a captação e formação de jovens atletas é um objectivo sempre presente.
Como natural do bairro do Cansado (embora não morando neste momento lá), gostaria de dar os meus parabéns aos seus actuais dirigentes (e antigos), e ainda ao seu actual presidente, André Carvalho, pelo bom trabalho desenvolvido ao longo dos 15 anos de existência da Associação Recreativa do Cansado.
O Albicastrense

domingo, fevereiro 25, 2007

MIRADOURO DE S. GENS


A Câmara Municipal de Castelo Branco abre concurso para empreitada de requalificação do Miradouro de S. Gens, notícia o Jornal “A Reconquista” na sua edição de 22 de Fevereiro.
Em Maio de 2006 escrevi neste sítio o estado degradante e nojento em que se encontrava o Miradouro de S. Gens, (e encontra ainda hoje) nove meses depois a Câmara Municipal de Castelo Branco abre concurso (finalmente) para fazer obras naquele local.
Este sitio não serve só para denunciar ou criticar aquilo que em meu entender está mal na nossa cidade, serve igualmente também para dizer aquilo que de bom se faz na nossa cidade, pois aqui está uma boa notícia. O Miradouro de S.Gens vai finalmente para obras, à Câmara Municipal e ao seu Presidente os meus parabéns pela futura recuperação do Miradouro.
Construído nos anos quarenta e da autoria do Arquitecto Salles Viana, o Miradouro foi durante muitos anos, local de convívio dos albicastrenses e suas famílias.
Gostaria de deixar aqui desde já uma sugestão aos responsáveis pela autarquia albicastrense.

Estando o Miradouro de S. Gens situado num dos locais mais bonitos da nossa cidade, não seria possível a realização de actividades culturais nas noites de verão?
O local é maravilhoso e está situado em local privilegiado, para este tipo de iniciativas culturais.
Senhor presidente pense nesta aposta, pois a cidade ficaria a ganhar com este tipo de iniciativas.

(PS.) Para o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, aqui fica outra sugestão.
Dê uma olhada na praça Camões, o actual estado da praça é péssimo para não dizer algo bem pior. As obras são urgentes e Castelo Branco não pode continuar a matar o seu património arquitectónico
.
O Albicastrense

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

HOSPITAL AMATO LUSITANO - lll



Nos últimos tempos a Governadora civil de Castelo Branco, veio a publico dizer o que pensa sobre o tão proclamado projecto do reino, para nos tratar da saúde.
Após alguma letargia fez-se luminosidade e toca a falar sobre o assunto.

Cena – (1) Eu sou da zona do Pinhal e tenho essa vantagem, não alimento bairrismos!
Cena – (2) O assunto não deve ser encarado ”na óptica da quintinha”.
Dizendo ainda que considera a divulgação de um suposto acordo entre os três hospitais um “disparate político” de seguida considera a discussão, á volta da localização do conselho de administração de um futuro centro hospitalar, uma “brincadeira de mau gosto”.

Continua dizendo:
Penso que é importante esclarecer a população do distrito sobre o futuro dos cuidados de saúde, entendendo ainda que essa explicação também deve ser dada para dentro do hospital (foi aqui que as coisas falharam), diz ela, por fim pediu que a sociedade não fique de braços cruzados, mostrando confiança na intervenção de Joaquim Morão (também eu) e de Sanches Pires (eu não). Ele está a fazer o que pode (grande elogio!), pedindo que lhe seja dado o benefício da dúvida.
João Marcelo presidente da concelhia albicastrense do PS, (de quem eu aliás, não tinha gostado muito na discussão pública promovida pela autarquia albicastrense) (desde já as minhas desculpas), lança criticas à actuação do director do Hospital Amato Lusitano e da Governadora, sobre a actuação destes em todo este processo, acusando-os de principais apoiantes do projecto do reino, sem no entanto explicarem quais as mais valias, sobre a criação deste centro hospitalar. (O Marcelo então não tas a ver é tudo um questão de números)

A governadora responde:
Cena – (3) Que está ali para servir o governo, e as politicais emanadas do executivo liderado por José Sócrates!!! E que não dependia das concelhias nem de distritais!!! (que pena! Se dependesse talvez estivesse mais perto dos problemas dos cidadãos comuns e menos apoiante dos propostas do reino).
Para quem ainda tinha dúvidas sobre a existência do cargo de Governador, (o que não era o meu caso) penso que a partir deste momento deixaram de as ter.
Diz mais a governadora:
Cena – (4) Considero muito grave o facto de uma Concelhia do PS colocar em causa a politica do Governo, explicando que quando se está a pedir a cabeça de dois responsáveis nomeados pelo governo se está a pedir a própria demissão do Primeiro-ministro!
Esta não percebi! Então a concelhia distrital de um partido político (seja ele qual for) tem de estar sempre de acordo, com as medidas do reino central, mesmo que estas violem a consciência dos seus elementos e retire direito as populações locais? (Governo sempre acima de tudo e todos! Onde ouvi eu este tipo de argumentos?)

E continua a Governadora:
A política de saúde do governo consta do programa do Governo e está ali claramente definida a constituição de Centros Hospitalares.
E por fim termina:
Castelo Branco só tem a perder se ficar de fora deste comboio, (comboio… mão me digam que também vamos ficar sem ele! Não acredito…)
A verdade das verdade, afinal a caldeirada á muito que estava feita! Era tudo uma questão de tempo para que a mesma fosse servida com pompa e circunstância, ao Zé Beirão e restante família.
Gostaria de lembrar á Senhora Governadora algo que alguém disse na reunião pública realizada na Câmara Municipal:
No dia em que algumas das valências acabarem do Hospital Amato Lusitano, alguém se encarregará de abrir no dia seguinte uma clínica privada com essas mesmas especialidades.
Ao pobre do Zé Beirão só irá restar… pagar e não bufar, ou então morrer o mais rapidamente possível.
O Albicastrense

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

TRISTEZAS DA MINHA CIDADE

PORTADOS QUINHENTISTAS
DE
CASTELO BRANCO

Sem desprezo pelos imóveis modernos, notas de progresso na cidade albicastrense, quem nos visita sente-se atraído pela parte medieval, uma das mais ricas do país. Destacam-se mais de trezentos portados, sendo cerca de trinta caracterizados com lintéis ornados de traça manuelina. Este acervo constitui, porventura, a mais genuína expressão do património arquitectónico do séc. XVI.
(Palavras tiradas do sítio da Câmara Municipal de Castelo Branco)
palavras bonitas estas!
Gostaria de recordar o refrão de uma velha canção Italiana dos anos setenta chamada (“Parole”) perdi as palavras em português, é caso para dizer, são só palavras (e por sinal bem bonitas) estas que podemos ler no sítio da nossa autarquia!
O pior é quando nos deslocamos á referida zona medieval da cidade e verificamos o estado caótico em que muitos destes portados quinhentistas se encontram.
Há algum tempo percorri a zona medieval da cidade, (castelo), durante dois dias, para ali fotografar os portados mais elaborados, (que me desculpe o meu amigo Joaquim Batista as minhas limitações nesta área), após dois dias de subir e descer ruas, cont
ei e fotografei 27 portados (25 no Castelo e 2 na rua Bartolomeu da Costa) que irei mostrar aqui ao longo do tempo.
Em 19
79 o Padre Anacleto Pires Martins, publicou um pequeno inventário sobre os portados quinhentistas da cidade de Castelo Branco, ainda hoje este estudo é um dos mais elucidativos sobre esta matéria.
Segund
o sei o padre Anacleto terá contado mais de 320 portados, porém pouco mais de trinta seriam trabalhados. Passados cerca de trinta anos, gostaria de colocar aqui uma pergunta a todas as entidades responsáveis da nossa cidade.
A questão a colocar a nossa autarquia só pode ser uma, hoje são 27 em 1979 eram pouca mais de trinta, (só estou a falar
dos mais trabalhados, porque os outros?). Quantos serão daqui a vinte ou trinta anos?
Voltando aos portados que fotografei, é importante dizer-se que
muitos deles estão em casas abandonadas e em estado totalmente degradadas, por tal motivo é fácil adivinhar o que pode acontecer a qualquer momento.
Meus senhores, palavras para que! Eu sei que o problema não é novo, e que até foi herdado de gerações anteriores, mas que diabo, ter um sítio oficial da Autarquia de Castelo Branco a convidar turistas a visitar a zona medieval da cidade e os seus portados quinhentistas e depois mostrar-lhes as nossas desgraças… Tal não lembrava nem ao diabo!
Para terminar apenas uma sugestão á nossa autarquia: Façam rapidamente um inventário de todos os portados quinhentistas existentes na cidade, pois só desta maneira se poderá impedir a médio prazo a derrocada final dos portados.
O sítio da Internet até é fixe… Mas atenção quando convidamos alguém para visitar a nossa casa, o mínimo a ter em conta é ter a casa em ordem.

O Albicastrense

sábado, fevereiro 10, 2007

COLECTIVIDADES DA MINHA TERRA

BENFICA DE CASTELO BRANCO
(Fundado em 24 de marco de 1936)

Onze Vermelho foi a sua primeira designação, depois virou Sport Lisboa e Castelo Branco e mais tarde Associação Desportiva de Castelo Branco, e por fim o nome por que hoje é conhecido Sport Benfica e Castelo Branco.
É costume dizer-se que todas as colectividades ao longo da sua história têm bons e maus momentos. No caso do Benfica de Castelo Branco os momentos menos bons terão sido, (em meu entender), superiores aos bons momentos. Vem isto a propósito da fotografia que há alguns dias me veio ter a mão.
Na época de 59/60 o nosso Benfica de Castelo Branco terá conseguido um dos pontos mais altos da seu historial, quando se sagrou campeão da terceira divisão pela primeira vez. A final disputou-se em Leiria com o Sacavenense tendo o Benfica ganho por 2-1. A foto aqui apresentada mostra-nos a equipa que ganhou esse campeonato.
Na época de 89/90 subiu à divisão de honra, (antiga segunda divisão), na época seguinte disputou a divisão de honra, classificando-se em quinto ligar, ainda hoje muitos albicastrenses se interrogam e especulam sobre o que se terá passado nesse ano de estreia, pois a algumas jornadas do fim a subida há primeira divisão nacional, perecia um dado adquirido, (no entanto como diz o povo até ao lavar dos cestos é vindima), e estranhamente no final acabou em quinto lugar.
Deixemos-nos de coisas tristes… e olhando para o futuro o Benfica de Castelo Branco disputa nesta época o campeonato da terceira divisão e depois de um início menos bom, está neste momento com boas prospectivas de poder voltar á segunda divisão. Aqui lanço um desafio a todos os albicastrenses para que no próximo jogo a disputar em Castelo Branco todos nós nos desloquemos ao estádio Vale do Romeiro para apoiar a equipa.

(PS.) O meu bem-haja ao antigo jogador Sebastião pelo empréstimo das fotografias de 1959/60.
O Albicastrense

terça-feira, fevereiro 06, 2007

CONCURSO DO VESTIDO DE CHITA

O PRIMEIRO CONCURSO
DO
VESTIDO DE CHITA
(Castelo Branco – 1944)

Ao visitar a feira de antiguidades que se realiza mensalmente em Castelo Branco, foi-me mostrado por uma pessoa conhecida um pequeno panfleto do primeiro concurso do Vestido de Chita realizado na cidade (1944) que esse indivíduo acabara de comprar no local.
Pedi-lhe de imediato que me deixasse fotografa-lo para que pudesse mostra-lo nesta pagina, tentei de seguida encontrar dados referentes a esse primeiro concurso, no jornal “A Reconquista”. Porém tal não foi possível pois o jornal só foi fundado no ano seguinte (1945). No entanto através de conversas com pessoas conhecidas consegui alguns dados sobre o referido concurso de 1944.
Gostaria de em primeiro lugar fazer um pequeno historial do concurso do vestido de chita em Castelo Branco ao longo de 42 anos.

O início

O primeiro concurso do vestido de chita, realizou-se no ano de 1944, tendo o ultimo sido realizado em 1986, nos anos setenta sofreu algumas interrupções.
A sua aceitação entre os albicastrenses, era tão intensa que chegou a juntar segundo
o jornal “A Reconquista”, entre quinze a vinte mil pessoas no antigo parque da cidade, para ali assistirem ao referido concurso, sendo normalmente o ponto alto das festas do antigo parque da cidade.
O porquê de tal aceitação por parte dos albicastrenses, seria a sua raiz meramente popular, e também (em meu entender), o facto de ao longo do tempo, quase todos albicastrenses terem alguém na família que terá concorrido a esse concurso. A sua popularidade era tal, que a determinada altura os organizadores resolveram realizá-lo em dois dias sucessivos, normalmente sábado e domingo, sempre com casa cheia.
Em 1986, (quarenta e dois anos depois do seu início), deu o seu ultimo suspiro e desapareceu, das festividades da nossa cidade, (o tempo não perdoa).
A organização do concurso nos primeiros anos, foi da responsabilidade do jornal de Noticias do Porto, mais tarde o Benfica de Castelo Branco e depois os Bombeiros Voluntários de C.B sucederem-lhe na realização deste avento.

Concurso de 1944

O 1º Concurso do Vestido de Chita foi uma iniciativa do “Jornal de Noticias” do Porto e decorreu no parque da cidade no dia 30 de Agosto de 1944, participaram neste primeiro concurso 23 jovens e o programa do concurso foi dividido em duas partes, as três primeiras classificadas desta edição foram:

1º Lugar – Maria de Rosário

2ª Lugar – Gloria Pereira Reis

3ª Lugar – Nica Marques Graça

Eugénia Lima, Velhas Danças de Escalos de Cima, Bombos da Paiagua e de Rochas de Baixo e ainda a Banda da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco faziam parte do programa de festas.
As ornamentações estavam a cargo da “Charneca” a instalação de Som foi feita pela Rádio Reparadora da Beira, os fogos de artifício foram de Manuel Robalo, da Aldeia de Santa Margarida.
Resta acrescentar que as receitas apuradas nesta edição revertiam a favor das seguintes instituições: Asilo Distrital da Infância e Dispensário do Dr. Alfredo Mota.

PS. A D. Maria de Rosário (Esposa do falecido Milheiros) o meu Bem-Haja pela cedência da fotografia das três primeiras classificadas.

O Albicastrense


segunda-feira, fevereiro 05, 2007

A TERRA ALBICASTRENSE

Castelo Branco

No Tempo através da fotografia


O mesmo local cento e dez depois.

Primeira fotografia - Autor desconhecido
Segunda fotografia - V.Bispo

O albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...