segunda-feira, março 31, 2008

CURIOSIDADES ALBICASTRENSES - (IV)

NEM DÁ PARA ACREDITAR
                      Publicado no jornal reconquista no ano de 1959
O Albicastrense

domingo, março 30, 2008

A Velha Ponte










Ponte Romana Sobre o Rio Ponsul

“A NOSSA VERGONHA”

Este título, poderia ser o nome de um qualquer filme, ele refere-se no entanto ao estado em que se encontra a velha ponte romana sobre o rio Ponsul, situada a oito quilómetros de Castelo Branco.
Não sei a quem compete o restauro da velha ponte.
Sei porém, que tal situação nos envergonha a todos. Aos responsáveis do organismo a quem compete o restauro da velha ponte, num país decente só lhe restaria um caminho… "A demissão!!!"
O albicastrense

A Minha Cidade

ZONAS DEGRADADAS

DA

CIDADE DE CASTELO BRANCO

O jornal "A Reconquista" publica esta semana um pequeno artigo que tem por título: "Degradação instala-se na zona antiga da cidade de Castelo Branco". Tal artigo mais não é que a confirmação do que aqui escrevi sobre este assunto em Outubro de 2007, com o titulo "Contradições da minha cidade".
Depois de ler este artigo, não posso deixar de contar aqui uma situação que tive a oportunidade de observar há alguns dias. Desloquei-me recentemente a Abrantes, (cidade onde tenho familiares). Porém e contrariamente ao habitual, desta vez não me fiquei pela casa dos familiares e desloquei-me ao centro da cidade, (coisa que não fazia há muito tempo), para tratar de alguns assuntos. Ao conversar com a pessoa com quem tinha assuntos a resolver reparei num conjunto de livros em cima do balcão, que tinham como titulo: "Abrantes Fórum" peguei num deles, e disse para com os meus botões… mais um Centro Comercial! Ao folhar o livro reparei que não se tratava de um Centro Comercial como o existente em Castelo Branco, mas antes de um Centro Comercial Ao Ar Livre!!!!!

Este Centro Comercial ao ar livre, a que eu chamaria
"o Centro Comercial dos pequenos comerciantes de Abrantes", é sem duvida um exemplo, de como se pode promover a modernização e requalificação urbana e potenciar uma ocupação residencial, comercial e cultural em qualquer zona degradada. Este Centro Comercial ao ar livre, que caminha por ruas, praças e largos de praticamente todo o Centro Histórico de Abrantes, tornou aquele espaço num local vivo e bastante animado para os Abrantinos. A situação do Centro Histórico da cidade de Abrantes é hoje uma nova realidade, porém quem conheceu aquele espaço há alguns anos atrás, (como eu conheci), não pode deixar de elogiar esta estratégia, pois ela permitiu o regresso dos Abrantinos ao seu espaço de eleição, assim como a recuperação do comercio tradicional, hoje em vias de extinção.
O centro histórico da cidade de Abrantes estava até há bem pouco tempo, tal como está a zona da nossa cidade descrita pelo jornal reconquista:

Ao Presidente da nossa autarquia, só posso deixar esta mensagem;

Senhor Presidente a cidade de Abrantes fica apenas a 80 quilómetros de Castelo Branco. Que tal aproveitar um dia livre destes para ali dar um salto, e ver com os seus próprios olhos o trabalho realizado nesta área, pelos autarcas de Abrantes? A cidade… e os albicastrenses seguramente agradeceriam esta viagem.

Do http://essa_abrantes.blogs.sapo.pt/ tirei as palavras que se seguem;

Abrantes Fórum

"Centro Comercial Ar Livre de Abrantes"

O Centro Comercial Ar Livre de Abrantes (CCAL) também designado por Abrantes Fórum é uma iniciativa produzida pela Câmara Municipal, que tem por objectivo o desenvolvimento, qualificação e gestão do Centro Histórico de Abrantes. Segundo Maria do Céu Albuquerque, vice presidente da Associação CCAL, o Abrantes Fórum "Resulta da parceria de interesses de dois actores centrais - a Câmara Municipal de Abrantes e a Associação Comercial e Serviços - tendo por objectivo um conjunto de iniciativas programáticas destinadas a dinamizar e revitalizar a vida pública e social na zona, incrementar a participação e a cidadania activa, estimular e qualificar a actividade económica e a sua rentabilidade, promover a modernização e requalificação urbana e potenciar uma ocupação residencial, comercial e cultural inovadoras do centro tradicional de Abrantes, contrariando, assim, uma certa tendência para a deslocação do comércio e serviços e a desertificação populacional registadas nos últimos anos e criando novas condições e factores de interesse e mobilização

O Albicastrense

quinta-feira, março 27, 2008

Castelo Branco na História XIX

                                 (Continuação do número anterior)
“Continuação da medição e descrição do palácio dos comendadores se Santa Maria da vila de Castelo Branco”.
“De fronte do dito arco está um portado de cantaria lavrado, grande e magnifico, por onde se entra para uma sala que fica por baixo da de espera, que é toda ladrilhada e no meio tem um florão de azulejos, tendo de comprimento 10 varas e 10 palmos e de largo 4 varas e 2 palmos; e nesta sala está uma porta para o norte, por onde se sai para um passeio ladrilhado de pedra miúda e cercada de parede com seus alegretes de roda dela, pelo que mostra que foi jardim, o qual tem de comprimento 12 varas e de largo 5.
No cimo da dita sala à direita da sua entrada está outra porta por onde se entra para uma loja, que serve ao presente de tulha; e defronte da casa de abóbada há outra porta por baixo de um arco por onde se entra para a tulha do azeite.
As paredes do palácio são todas mais altas que do que os seus telhados e todas cercadas de ameias que formam a perspectiva da torre da muralha. Na forma referida é que está o sobredito palácio e todo está suficientemente reparado sem ameaçar em parte alguma ruína”.
Acentue-se que em Outubro de 1753 a antiga alcáçova ainda se encontrava em óptimo estado de conservação. O castelo com o seu palácio e a muralha mantiveram-se quase intactos durante mais umas dezenas de anos. Porém, na primeira metade do século XIX, em que a cidade foi conturbada pela guerra peninsular e pelas pugnas políticas, os seus habitantes empreenderam a demolição do castelo e da muralha, com o objectivo de utilizar a pedra nas construções particulares.
Para tanto obtiveram o assentimento das autoridades a quem competia velar pela conservação dos monumentos históricas. Nessa época, que foi a mais nefasta da sua história, a cidade foi vitima das vicissitudes das guerras e das perturbações da ordem pública e, como se não bastassem essas calamidades, foi levada a efeito a destruição sistemática da sua majestosa fortaleza medieval.
Em 1821, num requerimento que um capitão, secretário das armas da província, fez ao rei para tirar pedra da muralha e com ela edificar uma casa junto da porta do Espírito Santo, a Câmara informou que achava justo o requerimento contando que a perda não fosse tirada das muralhas ocupadas por particulares e que também achava conveniente que a pedra se consumisse em obras que tinham por fim aumentar a cidade.
19/103
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

OS NOSSOS JORNAIS

“Acção Regional”

(1924 – 1931)

No nota editorial, da sua primeira edição, (que aqui coloque à disposição dos mais curiosos), pode ler-se um texto com o seguinte titulo; “Em poucas palavras”.
Curiosamente 83 anos após a saída da primeira edição, atrevia-me a dizer que muito do que é dito neste editorial, ainda hoje serviria de argumentação para o lançamento de um novo jornal na nossa cidade.
Ao folhear as edições dos anos de 1924 e 1925 deste jornal, fiquei deveras surpreendido com a qualidade jornalística, deste antigo semanário albicastrense.

Um breve resumo histórico deste semanário.

Apareceu à luz do dia a 11 de Dezembro de 1924. Era seu editor e director, Manuel Pires Bento e entre os redactores principais, figurava José Lopes Dias.
Era propriedade do “Grupo de Acção Regionalista”, a 20 de Janeiro de 1927 no número 108, auto suspendeu-se por entrar em contencioso com a comissão de censura distrital.
O número 109 ressurgiu a 15 de Dezembro de 1927, com o seguinte estatuto redactorial:

Servir o país, de um modo geral, e em especial para defender e promover os interesses da Beira Baixa e do Distrito de Castelo Branco”.

A sede da administração deste jornal, situava-se na rua Almirante Reis, nº 30 em Castelo Branco, inicialmente era composto e impresso na tipografia Pessoa do Fundão.
A partir do nº 145 passou a ser composto e impresso na tipografia Portela Feijão. Em 1931 encerrou portas, sem nunca se desviar da sua feição regionalista.

O Albicastrense

sexta-feira, março 21, 2008

Vila Velha de Ródão





Castelo de Ródão e Senhora do Castelo

(Castelo de Ródão, também conhecido como Castelo do Rei Wamba)

História

Este conjunto patrimonial é composto por uma torre-atalaia, de forma quadrangular, levantada numa encosta elevada do rio Tejo, presumivelmente pelos Templários e, a cerca de 150 metros, um templo rústico erguido em honra de Nossa Senhora do Castelo, cujo interior foi devastado por sucessivos roubos. Em 1990 este conjunto foi classificado como Imóvel de Interesse Público.
Visitei na década de 90 o Castelo de Ródão, o seu estado era na altura miserável, isto para não dizer outra qualquer barbaridade
Passados todos estes anos voltei ao sítio do crime, (como muito bem diria Agatha Christie), no passado dia 20 de Março e fiquei deveras fascinado com o trabalho de recuperação deste monumento.
Criticamos muitas vezes os nossos autarcas por “crimes” cometidos contra o nosso património, é pois justo fazer-se o contrario quando surge uma situação como esta. À Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, os meus parabéns pelo magnífico trabalho ali realizado.
Aconselho vivamente uma visita ao local… não só pelo Castelo mas também pelas belas imagens que o local nos permite observar.

O Albicastrense

quarta-feira, março 19, 2008

Ruínas na minha cidade

Castelo Branco é hoje uma cidade em obras! A sensação que ela transmite a qualquer turista que nos visite nesta época, só poderá ser a de uma cidade vítima de algum terramoto recente. As obras são tantas que os albicastrenses se interrogam sobre a necessidade das mesmas, e sobretudo sobre a urgência de fazer todas estas obras ao mesmo tempo.Não tenho dúvidas quanto à necessidade da maioria destas obras, porém, gostaria de lembrar duas situações, (sem fim à vista), que a meu ver muito envergonham a nossa cidade.
Estou a referir-me às instalações das antigas fábricas da Prazol e Metalúrgica, ambas situadas perto da estacão do caminho-de-ferro, (bem no coração da cidade). Eu sei que a responsabilidade destas ruínas, (Contemporâneas e de grande interesse turístico para a cidade de Castelo Branco), não são da responsabilidade da autarquia albicastrense... mas não terão os nossos eleitos uma palavra a dizer sobre esta indigna situação? Comunicar, explicar, ou aclarar determinadas situações, não são seguramente o prato forte dos nossos dirigentes autárquicos de hoje, e tenho pena que assim seja.
Ser eleito não dará seguramente ao eleito, o direito de decidir a seu belo prazer, sem que aqueles que o elegeram possam ficar a saber o que foi decidido, ou o que vai ser feito. Aos responsáveis autárquicos da nossa cidade, gostaria de colocar a seguinte questão: Para quando a limpeza destas áreas e quais os projectos para estes locais?
Senhores autarcas, só ganham em ter os albicastrenses bem informados
.

O Albicastrense

sábado, março 15, 2008

Castelo Branco na História XVIII

(Continuação do número anterior)

“Continuação da medição e descrição do palácio dos comendadores de Santa Maria da vila de Castelo Branco”
“Por cima da porta da cerca há um patim de cantaria, do qual se sobe para a escada principal do pátio que tem 26 degraus de pedra; e no cimo da dita escada está outro patim coberto de forro de madeira, sustentado sobre três colunas. 
Na entrada há uma porta de 7 palmos de alto e 7 de largura por onde se entra para um recebimento lajeado de pedra sobre a abobada, que antigamente era descoberto e consta que servia de cisterna, que tem 4 varas de comprimento e 3 de largo, no qualestão 2 portas, e se desce pela da esquerda por uma escada de pau para uma casa térrea em que esta uma chaminé e um forno; e pela outra porta se entra para a sala de espera do palácio, que tem 2 janelas, uma de assentos e outra rasgada viradas para o nascente, e uma chaminé, tendo de comprimento 10 varas, e 5 de largo.
“ Há nesta sala mais três portas, por uma das quais se entra para um quarto que tem uma janela rasgada sobre o pátio; e deste quarto há uma porta para outro que tem uma janela rasgada e por ali se entra por uma porta para outro quarto com sua janela, e tem 5 varas de comprido e 3 varas e 2 palmos de largo.
Pela porta que esta no canto da dita sala de espera, se entra para uma outra sala com sua janela para o norte, tendo de comprimento 6 varas e meia e 5 varas e 4 palmos de largo. Tem estas duas portas, uma à direita, que dá entrada para a última sala com duas janelas, uma para norte e outra para o nascente, e uma chaminé, tendo 8 varas e meia de comprimento e 5 de largo; e havendo ainda uma outra porta para onde se entra para um quarto ladrilhado de tijolo, que tem 5 varas de comprimento e outras 5 de largo. 
Há no dito quarto três portas que dão entrada, para uma cozinha, que tem 6 varas de comprido e 5 de largo, outra que dá saída para a varanda do palácio, da parte do nascente, que é ladrilhada de tijolo com sua guarda de parede pela dianteira e pelos lados tem seus alegretes para flores, tendo de comprimento 14 varas e 4 palmos e de largo 4 ditas.
Estão os três quartos de que se fez menção formados sobre três arcos de pedra, que estão ao presente tapados, à exceção de um, pelo qual se entra ficando a mão esquerda um portado que dá entrada para uma casa que fica de baixo do primeiro recebimento do palácio e da abóbada.”
18/103
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

quinta-feira, março 13, 2008

Notícias de Outros Tempos

Curiosidades Albicastrenses

A 26 de Maio de 1945 o jornal, “ Beira Baixa” noticiava desta maneira a inauguração do antigo Hotel de Turismo.
O Albicastrense

IMAGENS

Imagens da minha cidade
Fotos de Veríssimo Bispo/2008

O Albicastrense

quarta-feira, março 12, 2008

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (XVIII)


Ruas da Minha Cidade
Dos muitos nomes, de pessoas que constam nas placas toponímicas da nossa cidade, este será mais um dos que pouco ou nada dizem aos albicastrenses.
Esta rua, co
m pouco mais de cem metros, tem o seu início (ou final), na avenida Humberto Delgado e vai até ao largo de S. António, (hoje também conhecido por largo da cadeia de Castelo Branco).
António Rodrigues Cardoso

Nasceu na Sobreira Formosa a 8 de Julho de 1864, e fez o liceu em Castelo Branco.

O reitor
do liceu era nessa altura Ruivo Godinho, que impressionado com António Rodrigues Cardoso, o incentivou a tirar um curso superior sem que se preocupasse com as despesas do referido curso, pois ele as pagaria.
António Cardoso azamboado com a oferta agradeceu com lágrimas nos olhos, e ficou de ponderar se as circunstâncias da sua vida familiar lhe permitiam aceitar tão generosa oferta. Cardoso era órfão de pai, e sua mãe, viúva de dois matrimónios, tinha uma ninhada de filhos que era necessário amparar e guiar. Venceu o amor da família e ficou para se sacrificar pela família, crente, pensou em seguir a carreira de eclesiástica, e para tal se matriculou no curso eclesiástico que ao tempo havia na cidade, pois era sede de bispado.
Findo o curso, por concurso entrou no magistério primário complementar, e de lá para o quadro docente da escola normal primária, donde veio a sair para secretário da Câmara Municipal de Castelo Branco. Cedo ingressou na política ao lado do seu amigo Ruivo Godinho. O jornalismo chamava-o, e em Janeiro de 1889 fundou o “ Distrito de Castelo Branco” que durou até 1906.
Com a morte de Ruivo Godinho e retirada da política de Manuel Vaz Preto, o partido regenerador no distrito entrou numa fase de entendimento com o partido progressista local, e António Rodrigues dedicou-se ao jornalismo, em 1906 fundou “ A Gazeta da Beira” que na monografia do jornalismo distrital de João Grave, tem esta nota sugestiva (
jornal monárquico esturrado, progressista, morreu com a monarquia).
De 1910 a 1912, A. Cardoso não teve jornal, pois a “Gazeta da Beira” morrera entretanto. É durante esse período de natural agitação que se afirma como polemista distinto, panfletário enérgico, cáustico e mordente, na defesa da sua pessoa e sobretudo na defesa dos seus amigos.
Francisco Tavares Proença seu velho e grande amigo havia-se exilado nas terras de França, e cá dentro no nosso burgo ouve quem tentasse denegrir a sua acção politica e denegrir o passado honroso de seu pai que havia sido alguém na politica geral do pais. A. Cardoso veio à estacada com um panfleto enérgico repondo a verdade dos factos. António Cardoso mantinha-se inflexível no desempenho do seu cargo. As novas vereações, mais os esturrados queriam a sua demissão, é neste período que ele publica uma série de folhetos que são uma alta afirmação de doutrina, e uma defesa enérgicas dos seus direitos.
A sua vocação jornalística não se coadunava com a inacção forcada, em fins de 1912 consertou com o seu primo João Ribeiro Cardoso a publicação do jornal o “Beirão” jornal que viveu a vida intensa da politica daqueles anos até 1917, surgindo depois novo jornal, monárquico sem disfarces, de nome “A Beira Baixa” sob a direcção de José Pinto da Silva Faia. 

Em 1927 apareceu ”A Era Nova” sob a direcção de A. Crucho Dias, que passou a direcção do jornal para A. Cardoso, “A Era Nova” viveu até ao advento da nova remodelação territorial do pais, tendo a erecção da nossa província justificado a mudança do seu titulo para “A Beira Baixa” onde ele se manteve até 1944.
A. Cardoso permaneceu no jornalismo local mais de 50 anos, durante quase meio século redigiu milhares de páginas, deixando bem vincado o seu anseio pelo progresso da sua região. 

A Rodrigues tinha a paixão da história regional, deliciava-se no estudo dos velhos manuscritos que lhe podia deixar visionar a nossa vida em tempos idos. A ele se deve a publicação durante anos a rubrica Efemérides Municipais, trabalho de folgo e de valor real para a monografia do Concelho de Castelo Branco.
Morreu em Castelo Branco, a 28 de Janeiro de 1944.
O Albicastrense

sábado, março 08, 2008

Tiras Humorísticas - Obras no Largo da S. da Piedade

Bigodes e Companhia

Comentam as obras no Largo da S. da Piedade.
O Albicastrense

Exposiçao Cine Teatro Avenida - Sala da Nora

Ritmos / no Espelho dos Outros

Na sala da Nora do Cine Teatro Avenida, está patente ao público, (termina dia 8 deste mês), uma exposição promovida por um grupo de alunos e professores da Universidade de Bauhaus de Weimar da Alemanha, em parceria com a Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. O objectivo desta parceria era simples: cada uma das escolas deveria captar a cidade do outro grupo.
Visitei esta fantástica exposição, e fiquei fascinado com o fruto do trabalho apresentado pelos estudantes e professores da Universidade Alemã sobre a nossa cidade. 
Segundo, karl Schawelkam, professor da Universidade de Bauhaus;

“A zona Histórica é de facto uma face genuína da identidade desta Cidade”.
“Uma cidade, com duas faces diferentes e muito para descobrir sobre si própria”.

Esta exposição, apresenta algumas soluções para a nossa zona histórica, soluções essas que não me surpreenderam, mas antes confirmaram aquilo que sempre tenho dito aqui, sobre esta zona da nossa cidade.
Soluções que apontam para uma maior vivência de pessoas e instituições, nesta pobre e abandonada zona histórica de Castelo Branco. O diagnóstico está feito, (e bem feito…), e agora a batata está nas mãos de quem tem o poder de decidir em benefício da cidade e dos albicastrenses. 
A ver vamos…

O ALBICASTRENSE

quinta-feira, março 06, 2008

Castelo Branco na História XVII

(Continuação do número anterior)
Pela leitura do auto lavrado em 1753, do qual se faz uma transcrição integral por se julgar interessante pela exuberância de pormenores, pode fazer-se uma ideia do antigo palácio do castelo, sabendo-se que uma vara equivalia ao comprimento de 1,099, isto é a 5 palmos, de 0,2198.
“Medição e descrição do palácio dos comendadores se Santa Maria da vila de Castelo Branco”.
Está o dito palácio fundado dentro do castelo da dita vila sobre um monte em cujas faldas para a parte do nascente, está situada a vila de Castelo Branco. 
Entrando pela porta principal da muralha, fica à mão direita junto da capela-mor da Igreja de Santa Maria a porta principal do palácio, que è de pedra de cantaria e as suas portas de madeira chapeadas de ferro; tem a dita porta de altura três varas e de largura duas e meia, e à entrada desta está um pátio que tem o comprimento de 25 varas e 4 palmos e de largo 15 varas a 4 palmos; à mão direita da entrada do dito pátio esta um quarto com um balcão para onde se sobe por uma escada de pedra de 12 degraus e tem o dito quarto duas portas em cima do dito balcão e duas janelas na sua parede que caem sobre o pátio; e para a parte da vila tem viradas três janelas; era o dito quarto uma sala grande e se acha ao presente dividida em quatro quartos, dois dos quais são de telha vã e outros forrados de madeira. 
Há debaixo do dito balcão um arco de pedra para onde se entra para a loja que serve de cavalariça e tem o dito quarto de comprimento 18 varas e 2 palmos e de largo 6 varas e 1 palmo.
Há no dito pátio um jardim cercado de pedra de cantaria de almofadas, que tem de largo 7 varas e 4 palmos e de comprido 9 varas e meia; Tem algumas árvores de espinhos e à roda seus jasmineiros.
Fica o dito jardim debaixo da galeria que o dito palácio tem sobre o dito pátio, que consta de 4 janelas rasgadas. Na parte esquerda da entrada do dito palácio está uma cisterna com as suas guardas de pedra de cantaria e por esta mesma parte cerca o dito pátio uma parede em que está uma porta que vai para uma cerca detrás da igreja de Santa Maria, que tem de circunferência 152 varas e 4 palmos e fica toda tapada com a parede da dita igreja pela parte por onde se entrava para a tribuna que os comendadores tinham na mesma.
Dentro da dita cerca estão umas casas térreas, que serviam antigamente de armazém para tesouro e munições de guerra: estão ao presente quase arruinadas, tem duas portas para a cerca e de comprimento 19 varas e 4 palmos e de largo 4 varas.

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
 M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

terça-feira, março 04, 2008

A NOSSA HISTÓRIA - (VII)


     A TERRA ALBICASTRENSE ATRAVÉS DOS TEMPOS 
A 3 de Agosto de 1834, teve lugar o primeiro escrutínio para eleger os membros da Câmara Municipal de Castelo Branco, de acordo com sistema instituído pela Carta Constitucional de 1826.
A 13 de Maio de 1843, começou a funcionar um moinho de vento, no sítio do Saibreiro, em Castelo Branco. 
Era seu proprietário, o comerciante José Henriques de Almeida. As mós foram importadas de França, por elevada quantia.

PS.  A Recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis.
Foram publicados no Jornal A Reconquista"
O Albicastrense

segunda-feira, março 03, 2008

Manuel Cargaleiro

Colecção de Manuel Cargaleiro

Fica em Castelo Branco

Todas as obras de Manuel Cargaleiro vão ficar em Castelo Branco até, pelo menos 2050. Esse é o resultado de um protocolo recentemente assinado entre a Fundação Manuel Cargaleiro e a autarquia albicastrense.
Segundo o “jornal Reconquista”, o acordo entre a Fundação Manuel Cargaleiro e a Câmara Municipal, prevê a transformaçã
o do actual Museu Cargaleiro – Pólo de Castelo Branco, em Museu Cargaleiro o que implica a ampliação do actual edifício. Segundo Joaquim Morão esta é uma das mais importantes iniciativas culturais realizadas em Castelo Branco.
O autarca garante, que ao abrigo do protocolo as obras de ampliação da actual estrutura onda estão expostas algumas obras de Cargaleiro, estão a avançar em bom ritmo.
A colecção de Manuel Cargaleiro vai ficar em Castelo Branco, a cidade e os albicastrenses ficam mais ricos com esta bela decisão, como albicastrense que sou, e muito me orgulho, aos dois intervenientes neste acordo só posso dizer bem-haja… por esta bela dádiva há nossa cidade.

O Albicastrense

domingo, março 02, 2008

Jornais da Minha Cidade

50 Anos Depois

Esta primeira página do antigo jornal “Beira baixa”, faz hoje dia 2 de Março de 2008, preciosamente cinquenta anos.

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...