sábado, maio 31, 2008

Tiras Humorísticas

Os últimos posts aqui colocados por mim, foram motivo de um certo “banzé” e de algum desconforto, para determinados albicastrenses.
Entre os comentários aqui colocados sobre esses posts “Bigodes e Companhia” pegaram num e resolveram brincar com um desses comentários.
Ao destinatário e colega albicastrense, que nos deixou este comentário, a dupla “Bigodes e Companhia” e eu agradecemos, independentemente de não estarmos de acordo com a consideração feita pelo mesmo.

O Albicastrense

quinta-feira, maio 29, 2008

A Minha Cidade

Na rua das Olarias, começaram a ser mandadas a baixo algumas casas ali existentes, para permitir a abertura de uma pequena rua de acesso à praça Postiguinho de Valadares, e ainda para pôr a descoberto parte da antiga muralha da cidade.
Sou algumas vezes acusado, por alguns visitantes deste blog de ser sempre do contra, nada mais errado meus amigos!!!
E para o demonstrar, aqui estou hoje atestar, que a solução encontrada para todo este projecto, é uma boa solução.

Apesar do final destas obras, ainda mal se vislumbrar….

Apesar de não ser apologista da parte restante do antigo edifício dos CTT…

Apesar de não concordar com a solução encontrada para os vestígios arqueológicos encontrados na Praça Postiguinho…

Apesar de tudo isto!!!

Quero dar os parabéns aos responsáveis autárquicos da nossa cidade, pela recuperação desta zona, que ao longo dos últimos anos tão mal tratada foi pelos albicastrenses, e pelos seus dirigentes autárquicos. Aproveitava desde já, para fazer um apelo à nossa autarquia. A muralha não deverá ser considerada neste complexo um acessório, mas antes o elemento principal de todo o conjunto.
Pois se assim não for, corre-se o risco de ainda não ser desta que os albicastrenses fazem justiça à sua cidade e ao seu passado histórico.

O albicastrense

quarta-feira, maio 28, 2008

A Nossa Memória


Hotel de Turismo
A 30 de Maio de 1945, Foi inaugurado, em Castelo Branco, o antigo Hotel de Turismo. O autor deste projecto, Foi o arquitecto Veloso dos Reis Cardoso, o empreiteiro do projecto foi Manuel Coelho de Lisboa.
O início das obras deu-se em 1935 e terminaram em 1940, o custo total das obras, (uma insignificância nos dias de hoje) foi de 1.481. 459$ 68.
O albicastrense

terça-feira, maio 27, 2008

Vestigios Arqueológicos


Na
Praça Postiguinho de Valadares

Na continuação do que aqui escrevi sobre o aparecimento de vestígios arqueológicos na praça Postiguinho de Valadares, volto hoje a este mesmo assunto, em virtude do desenrolamento que este assunto teve.
Passei por aquele local no domingo passado, e qual não foi o meu espanto quando constato, que tudo o que tinha sido descoberto foi pura e simplesmente afundado, submergido, mergulhado, fundeado ou somente mandado às urtigas e tapado novamente!!!!!!!
Estes vestígios, vieram á luz nos primeiros dias de Maio, no entanto nenhum dos jornais da cidade mencionou o seu aparecimento.
É no mínimo estranho!!! Para mais quando isto acontece numa cidade onde o aparecimento de vestígios arqueológicos não é um acontecimento quotidiano.
A sensação com que fiquei em todo este processo, é a de que o secretismo foi o segredo do negócio!!!!
Destapou-se o chão, escondeu-se a descoberta, não se dizendo nada a ninguém!!! De seguida, mergulhou-se novamente os vestígios na escuridão do passado.
Podem dizer-nos que aqueles vestígios não têm qualquer interesse, no entanto, sabendo eu que na rua dos Ferreiros, (
naquele mesmo local) existiu a capela de Santa Eulália, construída no século XIV e uma albergaria com o mesmo nome, tenho sérias dúvidas sobre a decisão tomada pela nossa autarquia, para mais quando ela é tomada com todo este secretismo.

Capela de Santa Eulália

(1)-Erguia-se na Rua dos Ferreiros, no troço compreendido entre o Postiguinho de Valadares e a antiga porta da vila que existia na muralha e que dava acesso à antiga rua da Corredoura.
Hoje denominada de Bartolomeu da Costa. Foi instituída por Martim Esteves no século XIV e os seus administradores ou morgados eram abrigados a manter, com os seus rendimentos, um hospital na vila de Castelo Branco. Os administradores limitaram-se porem, a custear com os rendimentos uma albergaria destinada a dar guarida aos peregrinos religiosa e aos viandantes pobres. A albergaria de Santa Eulália estava instalada numa casa anexa à capela. Martim Esteves deixou o vínculo a Vasco Anes, para este o legar a um seu filho “ que não fosse sandeu nem desmemoriado”. Rui Vasquez, 3ª sucessor do vínculo, formou em 1431 uma pedição ao Rei D. João I para que lhe fosse permitido aumentar os bens de Santa Eulália, alegando que “ não se cumprira inteiramente aquilo que nas disposições se ordenara, como do dito morgado era conteúdo”. Ignora-se se a pedição obteve deferimento. Sabe-se, todavia, que antes de 1514. Data da instituição da Misericórdia de Castelo Branco, já existiam na vila umas confrarias pobres que sustentavam com os seus minguados recursos um pequeno hospital.
O Dr. Hermano de Castro e Silva, no seu livro: A Misericórdia de Castelo Branco, publicado em 1891 assegura ter visto um velho documento, muito deteriorado pela acção do tempo, no qual se afirma que aquelas confrarias não tinham compromisso porque “ a fazenda foi deixada por diversas pessoas que, como confrades deixavam cada uma à confraria do Santo de que era devota, para as missas que agora se dizem pelas almas de todos os benfeitores delas defuntos”.
Foi com os bens destas confrarias que o Rei D. Manuel fundou a Misericórdia de Castelo Branco. No século XIX a capela de Santa Eulália foi transformada em palheiro e no século seguinte arrasada para, no local onde havia sido erecta, ser edificado uma casa de habitação.

A serem estes vestígios, restos da antiga capela é caso para dizer:
No século XIX metamorfosearam esta capela em palheiro, no século XX foi arrasada, e no século XXI parece!!! Que nem as suas raízes merecem ser desvendadas.

Pobre capela de Santa Eulália!!!!!!!
(1) - O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Autor.
M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

segunda-feira, maio 26, 2008

Castelo Branco na História XXVI

(Continuação do número anterior)

Enquanto a igreja não foi outra vez reconstruída, transferiu-se a sede da Freguesia de Santa Maria para a capela de S. Brás que existiu nas proximidades do castelo e cujas ruínas foram demolidas em 1940.
Como a capela era imprópria, pela exiguidade das suas dimensões, para servir de matriz, os paroquianos requereram ao Papa Pio VII licença para a reedificação da igreja com os rendimentos da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, renunciando voluntariamente por dez anos aos dotes instituídos por Gaspar Mouzinho Magro para o casamento das órfãs. Alegavam que haviam ficado muito pobres com a invasão dos franceses.
Foi-lhes deferido o requerimento por breve apostólico de 1 de Maio de 1818, após o beneplácito régio de D. Maria II de 11 de Abril do mesmo ano. Não lhes foi possível concluir a obra nos dez anos previstos, os mordomos de Nossa Senhora de Rosário contraíram um empréstimo de 480$000 réis com o negociante António da Silva e, para ao liquidar e acabar a igreja, requereram ao governador do bispado de Castelo Branco, então sede vacante, para aplicar nas obras os rendimentos da capela de Mouzinho Magro “ por mais dez anos ou por aqueles que realmente fossem necessários”: Pela diocese foi-lhes prorrogada, em 3 de Maio de 1831, a licença concedida pelo Papa em 1818.
A reedificação do templo ressentiu-se sobremaneira da penúria resultante das calamidades de que foram vitimas os habitantes da cidade no século XIX e da falta de gosto artístico da época. Não se encontra no edifício nada de notável, alem do lavatório da sacristia que, sendo delineado no estilo barroco, denota ter sido obra da segunda reconstrução empreendida no século XVIII.
A terraplenagem feita no século XIX na antiga cerca da alcáçova do castelo, para a construção do edifício destinado a escola e que é hoje utilizada como posto radiotelegráfico militar, soterrando parte das paredes do lado norte e obrigando ao entaipamento das portas laterais, prejudicou a conservação da igreja, tornando-a húmida e soturna.
No ano de 1950 foi o edifício beneficiado com uma grande reparação e hoje apresenta-se em bom estado: as suas paredes alvinitentes destacam-se das ruínas do castelo no outeiro sobrejacente à cidade.
Sem embargo de haver perdido o seu valor arquitectónico, não deixou este templo de ser venerável e digno de ser perpetuado: sendo coetâneo dos primórdios de Castelo Branco, o vetusto lajedo do seu pavimento cobre as cinzas de alguns antepassados ilustres e avoca-nos ainda os esplendores de antanho.
E os albicastrenses jamais poderão olvidar a circunstância de haver desenvolvido a sua terra natal, durante cerca de um milénio, sob o campanário da igreja de Santa Maria.

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

domingo, maio 25, 2008

O Albicastrense

50 Mil Visitas

Quando em Setembro de 2005 resolvi brincar aos blog afirmei: " Bem-vindo a um Blog livre, de opiniões sobre Castelo Branco, sejam elas boas ou más. Esteja a vontade para falar, este sítio é de todos e para todos os Albicastrenses!!!" Lema que ainda hoje se mantêm.
Passado cerca de dois anos e oito messes, constato que ainda continue por estes sítios, umas vezes desiludido com o andar da carruagem, outras com esperanças de melhores dias.
Para alguns sou: "Aquele que manda algumas bocas sobre a nossa cidade". Para outros: "Que isto de escrever não é para quem quer, mas sim para quem sabe". Para outros… mais simpáticos: Pedem-me para continuar e não desistir de falar sobre Castelo Branco.
Passado todo este tempo: "Castelo Branco – O ALBICASTRENSE" foi visitado por 50 mil visitantes, a grande maioria residentes na nossa cidade, mas também de albicastrenses espalhados por toda a parte do mundo.
Terão sido muitas? Terão sido poucas? Ou apenas as necessárias? Para ser sincero, gostaria de dizer que quando desabrochei este sítio, pensei para com os meus botões, que esta aventura seria uma coisa passageira e que rapidamente fecharia portas. Surpresa das surpresas!!! Passado todo este tempo ainda tenho assento por estas bandas, independentemente das horas perdidas no computa, das dores de cabeça por não conseguir escrever textos de que gostaria de escrever, e de algumas palavras menos bonitas por parte de alguns visitantes, (mas felizmente poucos).
Para terminar gostaria de dizer, (caso a vida o permita) que estarei de volta a este assunto, quando chegar-mos às 100 mil visitas.

Bem – haja a todos os visitantes.

O Albicastrense

sábado, maio 24, 2008

Barbearias de Castelo Branco

A Barbearia do “Ti Camilo”

As velhas barbearias da nossa cidade, são hoje em dia autênticas aves raras em via de extinção, elas foram pouco a pouco, sendo substituídas pelos novos estabelecimentos, a quem todos nós hoje chamamos “Cabeleireiro de Homens”.
A barbearia do “Ti Camilo” é uma das poucas ainda existentes em Castelo Branco, a historia desta velha barbearia confunde-se com a própria história do bairro onde tem pousada, (Bairro do Cansado).
Visitei esta barbearia, e falei com o “Ti Camilo” que me contou o passado, deste desgastado estabelecimento com mais de meio século de idade.
Abriu portas em 1952, (inicio da construção do bairro) e teve como único proprietário, durante todo esse tempo o “Ti Camilo” que hoje tem a bonita idade de 84 anos. A boa disposição deste “velho” homem, ficou prontamente demonstrada quando de imediato me diz: “Olhe que Camilo é com um i e não com um e”!!!!!. Conversa leva a conversa e fiquei a saber que em tempos, ali fizeram a barba e cortaram cabelo, alguns ilustres da nossa praça. Hoje pelo que tive oportunidade de observar, esta barbearia está fadada a pessoas de mais idade, pois os 84 anos de idade do proprietário, provavelmente afastam os mais novos.
É pena, que este tipo de estabelecimentos vá morrendo dia a dia…. Com eles, morre igualmente o trato tão pessoal dos antigos barbeiros para com os clientes.

São novos tempos… dirão alguns!!! É o progresso, dirão outros!!!!

É UM POUCO O APAGAR DAS MEMÓRIAS DA NOSSA CIDADE, DIREI EU….

O Albicastrense

A Oliveira

As fotografias aqui apresentadas, foram tiradas por mim a pedido de um amigo para um determinado trabalho. Porém, ao contemplar estas fotografias, não resisti à tentação de apresentar neste blog, três deste conjunto de fotografias. As oliveiras, são árvores que nos habituamos a ver com tal regularidade na nossa Beira, que já nos esquecemos por vezes de olhar bem para elas e perguntar a nós próprios…. Como pode uma oliveira viver tantos e tantos anos e ter tal beleza!!!

AS OLIVEIRAS

São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar Mediterrâneo. De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos. A civilização minoana, que floresceu na Ilha de Creta até 1500 a.C., prosperou com o comércio do azeite de oliva, que eles primeiro aprenderam a cultivar. Já os gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos Minóicos, associavam a árvore à força e à vida. A oliveira é também citada na Bíblia em vários passagens, tanto a árvore como seus produtos. Há de se fazer nota ainda sobre a longevidade das oliveiras. Estima-se que algumas das oliveiras presentes na Palestina (ou para alguns Israel) nos dias actuais devam ter mais de 2500 anos de idade.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O albicastrense

quinta-feira, maio 22, 2008

ESTA NOITE SONHEI....


 UM SONHO....
Sonhei que a passividade e o virar de cara perante o enterrar do nosso passado histórico, não mais seria permitido
Sonhei que; "o faz de conta" não mais seria autorizado.
Sonhei que; "o não te importes" seria sancionado.
Sonhei que; "o não é nada comigo" não mais seria possível.
Sonhei que; "o deixa andar" não mais seria permissível.
Sonhei que; conservar, preservar, proteger, acarinhar e defender, seriam palavras cujo conteúdo não mais seria esquecido.
Sonhei que; se pode construir, modernizar, actualizar ou até aprimorar em convivência com o nosso passado histórico.
Sonhei que o futuro não se constrói à custa da destruição das nossas memórias passadas.
Sonhei! Acordei.... e dei comigo a pensar: "Onde estás tu Veríssimo!?" Mais uma vez a sonhar…
 O albicastrense

terça-feira, maio 20, 2008

ALBICASTRENSES ILUSTRES - III

AMBRÓSIO CARDOSO DE ABREU 
Ignora-se em que ano nasceu este albicastrense. Sabe-se porém que foi prior da Capela de S. André de Castelo Branco, e que era Doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra.
Escreveu em português uma obra a respeito do tributo dos vinhos, que foi impresso em Madrid em 1620.
Em 1627 escreveu, uma alegação de direito canónica em latim, que foi imprimido em Roma
Esta obra foi bastante elogiada pelo Papa Paulo V e pelos cardeais Borghese e Brandini. Exerceu o cargo de pronto-notário.
Desconhece-se o local onde terá falecido, no entanto dá-se como provável que a sua morte tenha ocorrido em Roma.
Passados cerca de quatrocentos anos após a sua morte deste ilustre albicastrense, muito pouco se sabe sobre ele.
O Albicastrense

segunda-feira, maio 19, 2008

Fotos Antigas de Castelo Branco

Neve na Minha Cidade – Anos 30
Autores desconhecidos
O Albicastrense

Largo da Capela de S. Marcos


UM BOM EXEMPLO
A recuperação de um velho edifício é por vezes motivo de polémicas no entanto nem sempre assim acontece, vem isto a propósito da recuperação da casa que podemos ver nesta fotografia.
Este pequeno largo, mas de longa história é hoje um bom exemplo daquilo que deve ser a recuperação de certos edifícios na nossa cidade, aos responsáveis por este trabalho, o bem – haja do “albicastrense”.
À nossa autarquia, pede-se vigilância e bom senso na passagem de licenças para recuperação de casas antigas em zonas de interesse de todos nós.
O Albicastrense

sexta-feira, maio 16, 2008

Castelo Branco na História XXV

(Continuação do número anterior)

A importância de 12$000 réis de que constava cada dote foi aumentada para 24$000 reis por breve pontifício de 7 de Maio de 1803, a pedido dos mordomos da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, com o fundamento de ser então menor o valor da moeda e de não se poderem adquirir, como em 1685, os artigos suficientes para o principio de vida em comum de um casal pobre.
O número de órfãs contempladas foi também elevado para doze. Os rendimentos remanescentes eram capitalizados e emprestados a juro. Em 1890 a Confraria possuía a quantia de 24 contos, bastante elevada nessa época.
Não se respeitando a disposição testamentária que a tal operação expressamente se opunha, as propriedades legadas pelo benfeitor Gaspar Mouzinho Magro foram vendidas após a publicação de lei de desamortização de 4 de Abril de 1861 e foi convertida a respectiva importância em papéis de crédito.
Nessa época a venda dos bens de raiz não podia considerar-se um mau acto de administração, porquanto os rendimentos dos papéis de crédito eram superiores aos das propriedades; mas as guerras mundiais de 1914-1918 e de 1936-1945 e as consequentes crises económicas fizeram baixar o valor da moeda a tal ponto que veio a tornar-se uma verdadeira calamidade para as instituições de beneficência a alienação dos seus bens imóveis, que lhes assegurariam hoje uma existência desafogada.
Por virtude da enorme desvalorização sofrida pela moeda no século XX. São sorteados actualmente, pelas órfãs da cidade, doze dotes da irrisória quantia de 100$00 escudos, cujo valor está muito longe de equivaler ao dos 12$000 reis de 1685, com os quais se podia adquirir um bragal complete.
Não ano de 1704, na guerra da sucessão da Espanha, o exercito franco-espanhol que ocupou Castelo Branco durante quarenta dias incendiou a igreja de Santa Maria, causando a destruição dos altares, da tribuna, das portas, do tecto e da cobertura. Consta do auto de medição lavrado em 8 de Outubro de 1752 que o vigário da época, Dr. António Gomes Castelão, natural de Castelo Branco, se devotou com grande zelo e diligencia à reedificação da igreja.
Conservou-se o edifício restaurado somente durante algumas décadas, pois em 1807 foi novamente incendiado pelas tropas francesas que invadiram o nosso pais sob o comando do general Junot.

25/103

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

quinta-feira, maio 15, 2008

Vestígios Arqueológicos na Praça Postiguinho de Valadares

A Nossa História

Depois do aparecimento do túnel do largo de S. João, eis que surge nova surpresa nas obras da praça Postiguinho de Valadares.
Segundo parece, este achado terá sido descoberto há alguns dias no entanto, tem sido guardado algum segredo à volta desta descoberta!!!
O porquê deste secretismo, é totalmente incompreensível e injustificável, tal atitude poderá levar os albicastrenses, a interrogarem-se sobre este silencio.
As fotografias aqui apresentadas, são demonstrativas desta descoberta… porém, como leigo que sou nesta matéria, passo a palavra a quem sabe, ficando a aguardar esclarecimentos, das entidades responsáveis da nossa cidade, sobre mais esta descoberta.

O Albicastrense

Os Ciprestes do Castelo

A MARCA DA MORTE

Fui alertado por visitantes deste blog, que a Câmara teria mandado cortar alguns Ciprestes, (centenários!!!!) que se encontram no largo, situado ao lado da Capela de Santa Maria, no castelo. Fui até lá e confirmei esta informação, no entanto segundo informações recolhidas no local a matança dos Ciprestes parou de forma inesperada.
Consta que o "NOSSO" Presidente se deslocou local, e ao ver esta matança terá de imediato mandado parar esta "chacina Ciprestal", evitando assim o corte de mais meia dúzia de Ciprestes centenários.
As fotos das árvores aqui expostas, umas já cortadas e outras salvas às portas da morte, mostram a sinal da sua extinção (verde).
Qual o motivo desta matança? (Segundo parece) alargar o pequeno caminho existente no meio dos Ciprestes… As estacas que no local podemos ver espetadas no chão, parecem (?) indicar qual o percurso a alargar, e as marcas nas árvores quais os ciprestes a abater. Ao visitar este pequeno bosque que faz parte das minhas memórias, e ao ver este crime completamente desnecessário a revolta apoderou-se de mim… Se por algum instante ali estivesse alguém responsável por este genocídio Ciprestal, não sei se poderia responder pela minha sanidade mental. Senhor presidente como foi possível, esta barbaridade? A quem se deve pedir responsabilidades sobre esta matança? Onde raios tiraram os técnicos paisagistas responsáveis por este trabalho, o respectivo curso?
Como albicastrense aqui deixo a minha indignação e repulsa, por mais este atentado totalmente dispensável.

O Albicastrense

quinta-feira, maio 08, 2008

Os Nossas Colectividades

Sport Benfica e Castelo Branco

Antes de mais, gostaria de deixar claro que não sou sócio, nem nunca fui… e se me for perguntado qual a razão, a resposta só poderá ser uma… nunca ninguém me colocou perante essa possibilidade, nem eu nunca tive a preocupação de me fazer sócio, além de não ligar muito a clubes, cuja preocupação está mais virada para os “futebois”.
Vem esta conversa a propósito da actual situação calamitosa que o clube mais representativo da nossa cidade atravessa.
O Sport Benfica e Castelo Branco, passa por um dos piores momentos da sua história:

As assembleias, sucedem-se umas atrás das outras, na perspectiva de arranjar direcção para o próximo ano, (2008/2009).

O clube desce à terceira divisão.

Os salários dos atletas, estão por pagar á cerca de três meses!!! Uma vergonha meus senhores…

Perante tal cenário, a perspectiva para o próximo ano é no mínimo desoladora…
Mais que saber de quem é a responsabilidad
e de tal anarquia, interessa encontrar soluções, para a tempestade que se aproxima e que poderá afundar de vez, este barco com quase cem anos de existência.
Como sair deste temporal? Como não acredito em mecenas, pois a vida ensinou-me a desconfiar de tais “personalidades”.
A resposta, só poderá ser com ajuda de todos os verdadeiros albicastrenses.
Como já aqui afirmei não sou sócio, porém tal não impede de lançar uma sugestão aos actuais responsáveis:
Porque não lançar uma campanha que tives
se por título:

UM EURO – UM CLUBE – UMA CIDADE = CASTELO BRANCO

Esta campanha, tinha como objectivo angariar 5 mil novos sócios, estes novos sócios pagariam unicamente 1 euro por mês, com direito a verem dois jogos por época.
Estou convicto, que nenhum albicastrense, (entre os quais eu próprio) recusaria ajudar o clube, com um euro mensal desde que fosse suficientemente informado dos propósitos e dos objectivos desta campanha.
Esta receita de 60 mil euros anuais, a juntar a outras iniciativas. poderiam ajudar o clube a sair desta triste situação… que a
todos nós albicastrenses envergonha.

Aqui ainda tinha-mos gente no Vale do Romeiro

O Albicastrense

terça-feira, maio 06, 2008

Os Nossos Tesouros




PAINÉIS DE AZULEJOS
DA
MINHA CIDADE





Os azulejos, que aqui podem ver foram colocados no átrio de entrada do antigo Quartel de Cavalaria 8 em 1934, e reproduzem cenas da vida desta antiga unidade militar albicastrense.
Estes painéis, foram construídos na fábrica Aleluia Ceramista Salgueiro, que ainda hoje existe
.
Estou convicto, que muitos daqueles que ali fizeram o seu serviço militar, ficarão satisfeitos por poderem ver de novo estas imagens.
O albicastrense

segunda-feira, maio 05, 2008

Castelo Branco na História XXIV

(Continuação do número anterior)

“ Dos ditos bens que foram meus quero que Catarina Vilela os goze nos dias da sua vida somente e que por sua morte logo se ajuntem aos de meus irmãos na Confraria da Sempre Virgem do Rosário, com tal condição e declaração que se minha mulher viver viúva sem casar ou casando com homem seu igual na qualidade e sem escândalo quero que gozo e possua todos os meus bens em vida; Porem, esquecendo-se ela de que é e de que foi minha mulher, se casar com homem que tenha parte de nação e cristão novo, por muito pouca que seja, a hei-de logo, logo, por deserdar e não quero que goze nem possua coisa minha nem um só instante e que logo os Mordomos de Nossa Senhora do Rosário tomem posse de todos os meus bens e peço às justiças de sua Majestade dêem aos ditos Mordomos toda a ajuda e favor que para isso for necessário porque assim è minha última vontade.”
Determina o testador que do rendimento dos seus bens se adquira para a Confraria de Nossa Senhora do Rosário um cofre com três chaves e para a Confraria do Santíssimo Sacramento os seguintes objectos em prata: seis castiçais, uma lambada, duas lanternas de mão “para irem junto ao palio quando o Santíssimo Sacramento sair em dias tempestuosos em que se apagam as tochas”, duas galhetas com seu pratinho e duas caldeirinhas com o seu hissope. E acrescenta, em benefício das órfãs casadoiras:
“ Todas as acima peças servirão em todas as festas que houver da Virgem do Rosário e servirão como se foram próprias da sua confraria e logo a todas as acima ditas peças compradas se ajuntará no dito cofre o dinheiro que toda a fazenda render em cada um ano e, conforme o que for e tiver vendido, se deitará em um vaso o nome das órfãs que houver na Freguesia de Santa Maria, como agora havendo rendido a fazenda dinheiro para cinco órfãs, a doze mil reis, se hão-de botar os nomes de dez órfãs no vaso e, havendo mais ou menos dinheiro, se botarão sempre no vaso os nomes das órfãos em dobre do dinheiro que houver e tiver rendido a fazenda para que, saindo assim por sorte, será a que mais merecidamente tiver com a Virgem do Rosário e, no dia da Senhora do Rosário, se porá no Altar os vasos com os nomes das órfãs ao dizer da Missa e o Vigário ou Clérigo que disser a Missa da Senhora, no fim da Missa tirará os escritos do vaso que estará bem baralhado e àquelas que saírem se lhes dará logo os doze mil reis a cada uma para seu casamento e, saindo assim por sorte, sairá às que mais fizeram o serviço de Deus e às que mais devotas forem de Nossa Senhora do Rosário; e os nomes das órfãs que se hão-de botar no vaso, por votos dos Mordomos e do Vigário que for da dita Igreja, aquelas que mais votos tiverem e não poderão nunca votar em órfã que tenha raça de cristã nova, por pouca que seja, sendo em cristãs velhas de boa vida e costumes; e dado o caso que na Freguesia de Santa Maria se não achem órfãs com os requisitos, então se poderão nomear de toda a Vila as que mais votos tiverem dos ditos Mordomos e Vigários”.

24/103

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

domingo, maio 04, 2008

Muralha à Vista


O SEU A SEU DONO.....

Algumas vezes, tenho aqui criticado a Autarquia Albicastrense, por soluções encontradas para determinadas obras realizadas na nossa cidade.
Todavia, também já aqui elogiei, outras que em meu entender foram boas soluções para Castelo Branco.
A solução encontrada para a Praça Postiguinho de Valadares, para mim, peca por insuficiente. O ideal seria arrasar por completo o mamarracho ali existente, (como aliás já o aqui declarei várias vezes) no entanto, as razões apresentadas pelo nosso presidente, “o custo que tal solução” foram mais que convincentes, para aceitar e concordar com a solução encontrada.
No entanto, existe neste projecto um pormenor que considero de extrema importância:
A recuperação de parte da velha muralha da nossa cidade.
Vamos por fim poder ver a velha muralha limpa e livre de casas de banho privativas assim como de tanques de água ali construídos durante o “reinado” do anterior presidente da nossa autarquia.
Se a velha muralha pudesse falar!!! Estou convicto que a sua primeira frase, só poderia ser esta: “ Bem – Haja senhor presidente por impedir que me continuem a mijar e a c…….. em cima”.

O albicastrense

sexta-feira, maio 02, 2008

Museu Francisco Tavares Proenca Júnior

Comemorações
De uma

Instituição Centenária

O Museu Francisco Tavares Proença Júnior comemora em 2010, cem anos de existência. O Congresso Internacional que decorreu no Museu Francisco Tavares Proença Júnior para debater, "Cem anos de investigação arqueológica no Interior Centro", assim como a reedição da biografia de Camilo Castelo Branco da autoria de Francisco Tavares Proença Júnior, fazem parte de um vasto programa elaborado pela Sociedade dos amigos do Museu, que irá decorrer até ao ano do centenário.

Cem anos de existência, (1910/2010), qual a sua historia? Quem foram os homens e mulheres que tornaram possível o sonho de Tavares Proença?

Cem anos: Em que a arqueológica começou por ser a sua espinha dorsal, porém com o passar dos tempos tornou-se exigente e especializou-se em etnografia e pintura, na década de 70 adquiriu notoriedade na área do bordado de Castelo Branco.

Cem anos: Em que andou tipo cavaleiro andante, com a tralha às costas por vários lugares. Nasceu e foi baptizado na Capela do Convento de Santo António, transferiu-se para o edifício da Antiga Escola Normal Primaria, onde ganhou formação escolar, transferiu-se de novo para o convento de Santo António onde prossegue a sua formação religiosa, transfere-se para o edifício do actual Conservatório Regional onde adquire formação musical, transferiu-se para o edifício do Governo Civil, onde ganha formação politica, por fim pega na trouxa e assenta definitivamente residência no antigo Paço Episcopal, onde aprende a arte do bordado de Castelo Branco

Cem anos: De existência com muitas enfermidades durante o seu percurso centenário, sem casa muitas vezes, com porta fechada outras vezes, sem director algumas vezes, sem pessoal diversas vezes.

Cem anos: De um percurso difícil…. Com projecto de construção de um edifício de raiz nos anos cinquenta!!! Porém nunca concretizado… Cem anos em que aproximadamente metade desse tempo, esteve de portas fechadas aos albicastrenses por falta de casa própria.

Cem anos: Onde não podemos lembrar o nome de Tavares Proença, e esquecer nomes como Paiva Pessoa, Elias Gracia, D. Fernando de Almeida e por fim em meu entender, o melhor director que esta instituição já teve ao longo da sua existência centenária: António Forte Salvado.
Lembrar Tavares Proença e esquecer homens como estes é crime…. Crime que ofende não só os próprios, mas igualmente todos os albicastrenses.

Cem anos: Onde o mistério e a intriga também tiveram tempo, mas onde o tempo fortaleceu a certeza do caminho a percorrer.

Aos homens sábios!!! Como alguém lembrou recentemente… não peço homenagens ao passado, peço antes, que se faça história, da história centenária desta instituição e se publique para as gerações futuras.

O Albicastrense

quinta-feira, maio 01, 2008

Tiras Humorísticas

A BUCA
“Dar Milho aos Pardais”

O Bloco de Esquerda, apresenta proposta para criação da Buca, (Bicicleta de Utilização Citadina Albicastrense) na nossa cidade.
Aos proponentes desta proposta, (Bigodes e Companhia) dão toda a solidariedade do mundo, alegando desde logo que numa cidade como a nossa, onde o cinzento e a falta de humor, há muito andam de mãos dadas, a viabilidade desta proposta será seguramente a mesma que eu terei, de me sair nos próximos tempos o Euro milhões.

O pequeno texto que leu em cima, estava escrito desde a altura em que tomei conhecimento desta ideia, no entanto não o coloquei neste blog, por dois motivos:
Primeiro, porque queria acreditar que talvez estivesse enganado em relação ao meu pessimismo.
Segundo, porque era uma proposta, (como alias veio a ser reconhecido por todas as forças que votaram contra, ou se absterão nas Assembleia da Junta de Freguesia e Assembleia Municipal) engraçada e imaginária.

Afinal não estava enganado… O meu pessimismo tinha mesmo razão de ser!!!!
A ideia não é má!!! A ideia é fabulosa!!! Ou a ideia é simpática!!! Afirmações feitas por elementos das Assembleias….
No entanto, o proponente ficou quase sozinho, a dar milho aos pardais na hora da votação da sua proposta.
É caso para dizer: Com amigos destes, bem dispense inimigos!!!!!!!!!!

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...