domingo, agosto 31, 2008

Dar palavra aos visitantes

Três anos após a abertura deste blog, (Setembro de 2005 – Setembro de 2008) gostaria de desferir aqui um desafio aos visitantes do blog: “ Castelo Branco – O ALBICASTRENSE”.
Alguns visitantes queixam-se de eu não abordar aqui, este ou aquele tema, pois para comemorar os três anos de existência deste, resolvi durante o mês de Setembro, (
que poderá continuar caso se justifique) dar a oportunidade aos visitantes de escreverem o seu próprio poste.

No entanto sob certas condições

- O tema terá que ser sempre, sobre Castelo Branco.

- Terá que respeitar o lema do blog. “Bem-vindo a um Blog livre, de opiniões sobre Castelo Branco, sejam elas boas ou más. Esteja a vontade para falar. O blog é de todos e para todos os Albicastrenses!!!”

- Não são aceites postes com linguagem ofensiva ou insultuosa para quem quer que seja.

- Só serão publicados os que estiverem de acordo com os princípios anunciados nos três pontos anteriores, e tiverem a concordância do autor deste blog.

- Os postes terão que ser devidamente identificados: Nome, idade, numero de telemóvel ou telefone e morada do seu autor.

Os postes poderão ser enviados por email, (que darei quando me for pedido) ou colocados na secção de comentário, que apagarei depois de retirado.
Se me for pedido juntarei ao post escrito uma foto sobre o assunto focado, para compor o texto.

Atenção:
Dá-se preferência a postes culturais, não se aceitando postes onde a politica seja arma de baldeie contra quem quer que seja.

Vamos ao desafio……

O Albicastrense

sábado, agosto 30, 2008

ALBICASTRENSES ILUSTRES - IX

FERNÃO TUDELA DE CASTILHO 
(1631 – 1692)
Nasceu em Castelo Branco em 1631. Doutorou-se em leis na Universidade de Coimbra. Foi juiz de Arronches e de Seia; corregedor de Miranda, director-geral de cavalaria e desembargador da Relação do Porto.
El-rei D. Pedro II, que muito o considerava, talvez por Castilho ter escrito um opúsculo em que defendia a legitimidade da revolução, que tirou o trono e a mulher ao infeliz Afonso VI, para dar tudo ao irmão.
D. Pedro incumbiu Fernão de pacificar a Beira. Também o mesmo D. Pedro o encarregou de servir de guia em Portugal ao Grão-Mestre da Ordem Teutónica.
Em 1674 foi procurador em cortes por Castelo Branco.
Faleceu em 1692
Recolha de dados:
"Monografia de Castelo Branco de António Roxo"
O Albicastrense

sexta-feira, agosto 29, 2008

Tiras Humorísticas

Bigodes e Companhia brincam com a entrevista dada pelo Social-democrata António Melo Bernardo ao jornal Reconquista.

O Albicastrense

quinta-feira, agosto 28, 2008

A NOSSA HISTÓRIA - (XII)



A TERRA ALBICASTRENSE ATRAVÉS DOS TEMPOS

Na minha pesquisa pelos antigos jornais albicastrenses, encontrei a notícia que se segue: "Jornal A Beira Baixa – 18 De Maio de 1942"
"Ao lado da igreja da Sé encontram-se três sepulturas. Numa delas está sepultado o segundo Bispo de Castelo Branco, D Vicente Ferrer da Rocha, desde Agosto de 1814. Numa outra está sepultado desde Outubro de 1821 Frei Daniel, hábil arquitecto que ao serviço do Bispo citado, fez o projecto e dirigiu a construção da capela-mor e da sacristia grande da Sé. Na última não se sabe quem ali está sepultado. 
Há muito que se reconhece a necessidade de remover dali aquelas sepulturas, mas não se tem feito nada e impõe-se que se faça o que for preciso.
Faz pena ver os garotos a saltar e a fazer o que lhes lembra sobre aquelas sepulturas e provoca ondas de indignação ver o que ainda há dias se viu; um borracho tombado pelo vinho e estendido a dormir sobre a campa do Bispo. Agora o zeloso pároco da nossa terra está empenhado em remover dali as aludidas sepulturas, e não menor empenho mostra na solução do problema o venerando prelado da nossa diocese. 
Dêem a um e a outro a sua cooperação os que podem fazê-lo, para que se resolva sem demora um problema que há muito devia estar resolvido. Assim se pensava em 1942!!! E assim se fez… Pois em 1943 os restos mortais do Bispo D. Vicente Ferrer da Rocha, foram de novo sepultados sob o arco cruzeiro da mesma igreja, para onde foram transladados por ordem do Bispo de Portalegre D. Domingos Frutuoso, (um ano depois da notícia publicada no Jornal Beira Baixa”). 

D. Vicente Ferrer da Rocha, faleceu a 25 de Agosto de 1814 e foi sepultado no Adro da Igreja de S. Miguel, (nas proximidades da porta da sacristia grande que ele mandou edificar). Em 2007 foi feita justiça ao Bispo D. Vicente Ferrer da Rocha, e foi colocado à porta da sacristia da Igreja de São Miguel, uma campa simbólica com o seu nome.
Quanto aos restos mortais de Frei Daniel, professor da Ordem dos Pregadores, assim como os restos mortais da pessoa que estaria na terceira sepultura, terão sido colocados no mesmo local do Bispo?
O Albicastrense

segunda-feira, agosto 25, 2008

Antigos Jornais Albicastrenses

“A DEFESA DE CASTELO BRANCO”

A sete de Agosto de 1919, apareceu em Castelo Branco o primeiro número do jornal republicano conservador. “A Defesa de Castelo Branco”.
De sensibilidade politica sidonista, tinha como seu director, administrador e editor José de Sousa Viera, que mais tarde foi substituído por Eurico Sales Viana,
A sua administração tinha a sede na rua Machado dos Santo e era propriedade da empresa; Defesa de Castelo Branco.
Era composto e impresso na tipografia Casa Progresso, em Castelo Branco.
Dizia ser um “Jornal Republicano, Conservador e extremo defensor dos interesso locais”.
Terminou com a publicação do número 12, em 30 de Outubro de 1919.

Muitas poucas edições, pouco para quem muito prometia.

O Albicastrense

quinta-feira, agosto 21, 2008

Castelo Branco na História XXXIV

(Continuação do número anterior)
A excelsa benemérita D. Maria da Piedade de Almeida Garrett que nasceu em 11 de Agosto de 1876 e faleceu em 29 de Julho de 1942, legou também em testamento a Casa de Santa Maria, situada na rua Detrás da Sé, para residência do vigário da freguesia de S. Miguel e para Paço Episcopal na caso de vir a ser restabelecido a diocese de Castelo Branco.
A reconstrução da igreja de S. Miguel Arcanjo, feita no último quartel do século XVII, obedeceu, como era natural, ao estilo do Renascimento, que havia atingido nessa época o seu máximo esplendor.
Escasseando, porém nesse tempo, os meios necessários para se fazer face às elevadas despesas que acarretaria uma edificação monumental, as suas fachadas laterais são inteiramente desprovidas de ornatos e a fachada principal apresenta uns parcos lavores que se cingem ás guarnições dos seus três vãos de porta, de dois vãos de janelas se sacada e de um nicho com a imagem do Arcanjo S. Miguel que se nota no centro da parede.
Sob o nicho, a porta central, mais decorada, excede em altura as outras duas. Uma rosácea de guarnição principal simples completa a composição da fachada principal. Esta é flanqueada por duas torres quadrangulares.
A fachada de frente do edifício, voltado ao poente esteve até 1957, desequilibrada com a falta do campanário e da cúpula da torre do lado do norte, que foram apeados por mandado do segundo bispo D. Vicente Ferrer da Rocha para iniciar a demolição daquela fachada e do coro, no intuito de aumentar o comprimento da nave e aformosear o templo.
Não pode, esse prelado, realizar o seu propósito porque, faleceu pouco tempo depois de dar principio às obras.
O terceiro bispo, faceiro e falho dos atributos que exornavam o seu predecessor, mandou suster a execução do plano e esbanjou a importante quantia de 10 conto que ele havai deixado em cofre, além de vários matérias destinados à ampliação e ao embelezamento da igreja: cedeu as cantarias à Câmara Municipal para a construção do chafariz da Mina e nem sequer diligenciou efectuar a reconstrução da torre desmantelada.
PS . O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

terça-feira, agosto 19, 2008

Casas da Minha Cidade

CASAS SOLARENGAS

(A sua construção data do século XIX.)

Na cidade de Castelo Branco, têm residência algumas belas casas solarengas, todavia o estado da maioria dessas casas é deveras lastimoso.
Na rua de S. Sebastião, destaca-se pelo seu espectro solarengo a casa brasonada da família do Conselheiro Francisco Tavares Proença. Sobre a construção deste casarão, apenas consegui saber que foi construído no século XIX, no entanto sobre a sua história encontrei dados que considero muito interessantes. Quando da inauguração da linha do caminho-de-ferro nos finais do século XIX, o Rei D. Carlos e a Rainha D. Maria Amélia, Rafael Bordalo Pinheiro e muitos outros ilustres da época, deslocaram-se a Castelo Branco para assistir ao vivo a este acontecimento.
Foi nesta bela casa solarenga, que os Reis de Portugal e Rafael Bordalo Pinheiro ficaram hospedados, mais tarde no início do século XX também ali esteve hospedado o príncipe D. Luís Filipe. Se este palacete pudesse falar, e nos contasse todas as peripécias que se passaram dentro das suas paredes, estou convicto que seria fascinante ouvir as suas histórias. No entanto, nem a facto de ter tido hóspedes tão ilustres lhe vale de muito hoje em dia, pois quem por li passa não pode deixar de sentir pena pelo estado em que se encontra este belo casarão. Eu sei que não será fácil a recuperação desta velha casa solarenga, mas é doloroso vê-la ir-se a baixo dia a dia sem que alguém se preocupe com a sua recuperação. Aos seus proprietários uma pergunta: Para quando o seu restabelecimento???

O Albicastrense

sexta-feira, agosto 15, 2008

Tiras Humorísticas

Bigodes e Companhia

Preocupados com o diz que diz, sobre possíveis obras na rainha das avenidas albicastrenses, bigodes e companhia meteram pés a caminho e foram visitá-la.

O albicastrense

quinta-feira, agosto 14, 2008

EFEMÉRIDES MUNICIPAOS – II


(Continuação)
Os trabalhos interrompidos no dia 1 de Janeiro continuaram no dia 6. Predominaram as arrematações. É interessante dar delas, pelo menos sucinta notícia, porque nos dão a conhecer os recursos de que a Câmara dispunha em 1655 e os meios de que se servia para a realização de certas obras. Uma vez conhecido, já podemos caminhar mais depressa, demorando-nos apenas com os casos mais interessantes.
Comentários sobre a acta:
Neste dia 6 de Janeiro de 1655, procedeu-se logo de entrada à a Rematação de Renda do verde nas aldeias. 
Depois das palavras sacramentais do principio do termo, sempre as mesmas, lê-se que não havendo quem milhor lanso fizese do que foi Francisco de matos que lansou em adita Renda Sento e dês mil Reis esete côvados depano verde para amenza do tabahais e hu alpendre com três colunas lavradas depedra e otelhdo reboquado de cal quanto diz da quinha de Manuel Fernandes bigodes até ocabo do poial à porta de Maria gezoina o que será feito por todo omes de marso e quatro Resmas de papel paguas logo e com das estas condisois o dito lansador foi contente e os ditos offisiais de Camera lhe mandarão arrematar o que foi satisfeito por bernardo dovale porteiro da Camera que lhe meteo oramo na mão…
Com todas estas ocisas de arrematações nunca as cautelas eram de meias, como ainda hoje o não são, e por isso foi preciso um fiador. A este respeito diz o auto:
“e logo pareseo Manuel da costa aalvarenga e dise que ele afiava as quebras emcaso que as ouvese e assim mais ao principal…”
Vê-se assim que a arrematação dos verdes nas aldeias dava para a Câmara uma parte em dinheiro e outra em obras, outra ainda em mercadorias, desde o pano verde para “ameza dos tabaliais” até as resmas de papel. 
Deve observar-se que as resmas de papel, “pagus” logo, não eram sempre pagas na espécie, antes a maior parte das vezes o eram a dinheiro. 
A seguir á arrematação da renda do verde das aldeias veio a a Remataçao do verde dalém deponsul. O melhor lanço foi o de Jurdão Fernandes que lansou na dita Renda quarenta etres mil Reis pagos aos quartéis como he costume equatro Resmas depapel paguas loguo digo as ordinárias costumadas paguas loguo com obrigasão mais de levantar mais dois palmos as paredes das ilharguas do tanque e hua delas aquerescentada mais para o meio e cobrilas ambas depedra lavrada de cantaria e assim também as asquadas depedra lavrada e as ilharguas do tanque da mesma sorte. 
Apareceu, é claro. O clássico fiador, que desta vez foi “Miguel Lourenço” que: dise que ofiava as quebras e dava fiansa acontento dos vereadores dentro emquinze dias. Vem logo outra arrematação:
É a A Remataçao da Renda do Verde deste vila.
O melhor lanço foi o de: Francisco Ruiz puxa que lansou na dita Renda sento evinte edois mil Reis paguos aos quartéis como he costume ehú pano de cochonilha com sua frania verde deseda para amenza da Camera eas ordinárias costumadas paguas logo. Serviu de fiador “Miguel Martins, que assinou Migel miz e que diz o mesmo de todos os fiadores, que dão fiansa acontento dos vereadores. 
Mas ainda não ficaram por aqui as arrematações. Houve ainda a A Remataçao da Siza dos bens derais dos montes da fregusia de Santa Maria.
O arrematante desta vez foi: Manuel frz sapateiro que lansou nela três mil e cem Reis pagos aos quartéis como he costume.
Palavra do autor: 
Espanta que tão pouco rendesse a Siza dos bens de raiz dos montes da freguesia de Santa Maria, atendendo a que esta freguesia não só abrangia a parte da cidade que ficava da rua de Santa Maria para o castelo, mas além disse, as actuais freguesias de Benquerenças e do Retaxo. Também de fracos recursos devia dispor o mestre sapateiro “Manuel frz”, que não se atrevem a pagar de uma só vez a importância da arrematação, “três mil e cem Reis”, antes fez consignar que seriam pagos aos quartéis como he costume.
No dia 6 de Janeiro ficaram por aqui as arrematações, o que não quer dizer que não houvesse ainda muitas a fazer. Havia, como oportunamente veremos que andarão muitos dias emperguão; especialmente para o pregoeiro, e por isso se tornava necessário variar os assuntos a tratar. 
Assim é que, nesta mesma sessão, depois de se darem por encerradas as arrematações, se abriu a pauta do lugar de Malpiqua, para que os bons Malpiqueiros não ficassem sem juízes, como os tinham já desde cinco dias antes outras freguesias. Por isso, a seguir ao último termo de arrematação, se lê:
Acta
Logo nadita Camera abrirão apauta do lugar de malpiqua etirarão porjuizes pedro dias guordo francisco Gonçalves epor procurador domingos alvares Rey eojuiz lhe deo juranmento dos santos avangelhos, etc.
Nas cortes de 1641, os procuradores de Castelo Branco reclamaram contra o imposto chamado “ renda das penas” por o julgarem vexatório. A reclamação não foi atendida logo nem o foi até 1655, porquanto em 9 de Janeiro desse ano foi mandado por emperguao a Renda das penas desta vila, e quem melhor lanço ofereceu foi Manuel frz samcristao.
Palavra do autor: Agora vejam até onde chegou a coragem deste sacristão nesta arrematação de renda das penas da notável vila de Castelo Branco:
Acta
Lansou na dita Renda oitenta eseis mil Reis paguos aos quartéis como he costume e hua porta feita na casa daaudiencia com sua grade deferro como a que está nacasa da Camera e outrosim cinsertar aponte docabo dos olivais caminho dealcains e hu batorel aolongo da orta na comrespondencia daponte até acabo da parede e comsertar a calsada que serão duas brasas dabanda de que da ponte oque será feito por todo ames de marso e hupano de cochonilha com sua frania verde na confirmidade da Remataçao pasada e que são oito mil Reis ou apano paguas e limpeza das Ruas como he costume.
Palavra do autor: 
Era de respeito, como se vê. O dinheiro não seria de mais, se bem que oitenta e seis mil réis em 1655 correspondiam hoje a alguns milhares de escudos; mas o reste dos encargos que assumiu o Sr. Manuel frz samcristão valia bem mais. Uma porta com grades de ferro as casas da audiência, o concerto da ponte do cabo dos olivais no caminho de Alcains, com bastorel ao longo da horta na correspondência da ponte, o concerto de duas braças de calçada para a ponte, um pano de cochonilha com sua franja verde ou oito mil réis, seu valor em dinheiro e, ainda por cinda, a limpeza das ruas, tudo isso a somado valia muito dinheiro. 
Era preciso que a renda das penas fosse coisa de importância e que o bom sacristão se não descuidasse na cobrança, que com certeza lhe não havia de valer muitas simpatias, para se sair bem da arrematação; e razões de sobra tinham os procuradores do concelho ás cortes de 1641, para pedirem a suspensão de tal imposto como vexatório. ara garantia do pagamento do imposto precisava o arrematante de fiador e este não lhe faltou. Prestou-se a isso domingos  frz  domingão que assinou o termo… de cruz. E a cruz que fez no fim do termo era de respeito em tamanho. 
Não era sensivelmente menor do que a da igreja onde o samcristão tocava os sinos, com certeza. Também não é de estranhar que assim fosse. Se o homem não era só domingos, mas era domingão, possivelmente era algum gigante. E regulava o tamanho das cruzes pelo seu corpo. “Arc”. 
(Continua)

PS - Publicado no Jornal “A Era Nova” em 1927
O Albicastrense

quarta-feira, agosto 13, 2008

A NOSSA HISTÓRIA - (X)

A TERRA ALBICASTRENSE ATRAVÉS DOS TEMPOS 
"70 Anos de Voltas"
Realiza-se este ano a septuagésima volta a Portugal em bicicleta, alguns visitantes deste blog têm por vezes feito aqui comentários menos abonatórios, sobre o apoio que a autarquia albicastrense dá a esta prova.
Gostaria de lembrar a estes visitantes, que a colaboração entre os organizadores da volta a Portugal em bicicleta e a autarquia albicastrense, não é de hoje nem desde que o actual presidente desempenha funções na nossa autarquia.
Para o demonstrar, aqui fica um pequeno resumo publicado pelo jornal, “A Era Nova” sobre a chegada a Castelo Branco dos ciclistas no
já longínquo ano de 1927, (1º Volta a Portugal em Bicicleta).
Setenta anos em que passaram pela nossa cidade homens como:
José M. Trindade, José M. Nicolau, Alves Barbosa, Ribeiro da Silva, Joaquim Agostinho, Fernando Mendes e Marco Chagas, entre muitos e muitos outros.
Podemos “e devemos” ser críticos em relação a determinados actos de quem está à frente dos destinos da nossa cidade, contudo não podemos renegar o amor que a grande maioria dos albicastren
ses tem pelo ciclismo e pelos ciclistas, (não esquecendo que na cidade já existiram clubes, que tiveram equipas de ciclismo).
Fazê-lo seria renegar a nossa própria historia, e esquecer todos aqueles que ao longo desses anos fizeram das “tripas coração” para apoiar esta grande prova e estes grandes desportistas.
1º Volta a Portugal
Em
Bicicleta-1927
Castelo Branco foi a cidade escolhida para final da etapa da Volta a Portugal em Bicicleta, entre Portalegre e Castelo Branco, num percurso de 106,8 quilómetros.
Chegaram dia 4 os ciclistas da volta a Portugal em bicicleta, a prova foi organizada pelo “Diário de Noticias”.
Cortou a meta em primeiro lugar, António Marques que corria pelo Carcavelos e nos ”Militares”, ganhou a etapa João Francisco, do Batalhão de Telegrafistas, aquartelados na Graça, em Lisboa.
Classificações 1º Francisco dos Santos Almeida (Benfica) dos fortes. António Marques (dos fracos) e João Francisco (dos militares).
Os ciclistas foram recebidos na Câmara Municipal, sendo promovido uma festa em sua honra durante o qual foi entregue uma taça de prata ao vencedor da 1º categoria, (fortes). Na sede do Sport Lisboa e Castelo Branco, foi-lhes oferecido uma taça de champanhe. Ganhou esta 1ª volta a Portugal: Augusto Carvalho que corria pelo Carcavelos.
O Albicastrense

segunda-feira, agosto 11, 2008

As Nossas Avenidas

AVENIDA NUNO ÁLVARES

A avenida Nuno Álvares, é sem dúvida um dos lugares mais apetecidos dos albicastrenses, para o verificar basta passar por lá e ver a quantidade de pessoas que ali podemos observar diariamente nos bancos desta bela avenida.

Qual a sua história?

O projecto desta linda avenida, foi registado e aprovado na Câmara Municipal no ano de 1931, sendo seu autor o Eng. António Emídio Abrantes.
Nesse mesmo ano, é demolido um antigo bairro que ligava a rua da Senhora da Piedade ao actual edifício da Câmara Municipal que tinha por nome: “A Carreirinha”. A carreirinha, era uma enfiada de pequenas casas de um só piso todas do mesmo estilo, construídas num terreno que tinha sido abonado por um membro das família Rebelo de Albuquerque no ano de 1818, (numa dessas casas moraram os meus avós paterno).
Derrubado o bairro, estavam criadas as condições para o início das obras da nova avenida, todavia tal só viria a acontecer nos últimos anos da década de 30.
Em 1940, terminavam os trabalhos de construção da nova avenida da estação que mais tarde viria a ser batizada com o nome de: Avenida Nuno Álvares.

(Ps) – Nos últimos tempos foram aqui colocados alguns comentários onde se questionava a possibilidade de virem a ser feitas modificações graves (!?) na Avenida Nuno Álvares, tenho de confessar que se existe algo que detesto são os boatos, no entanto tenho de admitir, que também eu já ouvi na nossa cidade este tipo de rumores.
Como albicastrense dos sete costados que sou, não quero acreditar em tal patranha, (porque a ser verdade!!! Seria uma das maiores estupidezes de sempre cometida na nossa cidade) e aproveitaria desde já, para lançar um desafio aos responsáveis autárquicos da nossa cidade: Para de uma vez por todas, desmentirem este tipo de beatices que só prejudicam a cidade, os albicastrenses, e os seus responsáveis autárquicos.

O Albicastrense

domingo, agosto 10, 2008

Castelo Branco na História XXXIV

(Continuação do número anterior)

Uma das capelas foi instituídas pelo Bispo da Guarda D. Afonso Furtado de Mendonça, que ampliou os logradouros do Paço Episcopal de Castelo Branco com várias propriedades que adquiriu e das quais fez doação ao Bispo da Guarda na pessoa de D. Francisco de Castro em 29 de Novembro de 1618, depois de ter sido nomeado Bispo de Coimbra, com obrigação de três missas por semana na igreja do convento de S. Francisco da cidade da Guarda “enquanto o mundo for mundo”. Como os encargos desta capela eram pagos pela mitra de Castelo Branco, o segundo Bispo D. Vicente Ferrer da Rocha impetrou do Papa a transferência da capela do convento de S. Francisco da Guarda para a Sé de Castelo Branco.
Esta mudança foi autorizada por breve pontifício de 10 de Dezembro de1788 e executada após o beneplácito régio de 11 de Março de 1789.
A mitra pagava anualmente a esta capela a quantia de 60$000 reis e o rendimento da mesma era dividido pelo capelão e por um clérigo pobre que celebrava as três missas por semana, recebendo 30$000 reis por ano desde a sua ordenação até conseguir beneficio eclesiástico.
Com a extinção da Colegiada, em 1834, findou a reza diária, deixaram de se celebrar as três missas por semana que deviam durar "enquanto o mundo fosse mundo" e cessou implicitamente o pagamento da mitra.
A outra capela foi instituída por Frei Carlos Diogo Prata, vigário da freguesia de Alcains, por escritura de 9 de Outubro de1791, pelo qual doou 12.000 cruzados à Santa Casa de Misericórdia da Guarda com a obrigação de sustentar duas capelas, sendo uma na Sé de Castelo Branco e outra na freguesia de Alcains.
Cada um dos respectivos capelães tinha o ordenado anual de 90$000 reis pelo encargo da missa quotidiana. O vigário de S. Miguel era freire da Ordem de Cristo e apresentava o cura de Cafede.
A Câmara Municipal era obrigada a dar anualmente para a fábrica da igreja a quantia de12$000 reis e cedia, por devoção, o junco necessário para revestir o pavimento nos dias festivos. O Doutor Francisco Rafeiro, a quem se deve o revestimento das paredes interiores da capela de Nossa Senhora da Piedade com azulejos artísticos, legou ao passal da vigariaria da Sé. Por testamento de 26 de Dezembro de 1837, uma casa situada na rua do Postigo.

PS . O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.

Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

sexta-feira, agosto 08, 2008

Antigos Jornais Albicastrenses

A vinte de Agosto de 1912, iniciou a publicação, em Castelo Branco, o semanário “O Futuro”.
Era um jornal que tinha como subtítulo, ser órgão da classe operaria e dizia-se ser “ Defensor da classe operaria” Era seu director, Júlio Pereira, tendo como administrador Júlio E. Nard e como editor, Eugénio Cardoso.
A sede situava-se na rua dos Oleiros, nº 12, em Castelo Branco e a composição e impressão tinha lugar na Tipografia Trindade.
Terminou com a saída do número 5, publicado e 13 de Outubro de 1912.

PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista”

O Albicastrense

quinta-feira, agosto 07, 2008

Os Nossos Chafarizes


Chafariz 
da
Granja


Encontra-se ao poente da cidade, na antiga Granja dos Castelos que pertencera à extinta Casa do Infantado.
É constituído por um muro de alvenaria de forma curvilínea dividido em três painéis por duas pilastras. O painel central, onde encosta um tanque de cantaria que recebe a água de duas bocas com tubos circulares, é mais alto do que os laterais e nele figuram, em releve, as armas nacionais da época do Rei D. Luís e uma lápide com a seguinte inscrição: Obras Publicas – 1874. Aos painéis laterais estão adjacentes dois bancos de cantaria apoiados em quatro cachorros. O capeamento do muro é formado por caprichosas volutas de granito. A nascente que abastece, este chafariz, abastecia tem um caudal razoável, água que porém não é bacteriologicamente pura.
O texto que acabou de ler, é da autoria de Manuel Tavares dos Santos e foi publicado no seu livro: “Castelo Branco na Historia e na Arte” em 1958.
Cinquenta anos depois, interessa clarificar que este chafariz, está hoje bem pior que então!!! Pois actualmente já nem a água jorra das suas duas bicas. O seu estado, é hoje uma autêntica calamidade, (como aliás as fotografias o demonstram).
Com a descrição do historial do Chafariz da Granja, termino esta visitação aos velhos chafarizes albicastrenses: Mina, S. Marcos, Graça e por fim Granja.
Para escrever sobre estes pobres e infelizes, desloquei-me aos locais onde residem e mirando-os com os olhos bem abertos perguntei a mim próprio!?
A quem devem os albicastrenses pedir responsabilidades pela anarquia reinante nos chafarizes da nossa cidade?
Seria muito fácil apontar baterias para o Armindo, César ou Joaquim, (o que aliás fazem alguns visitantes deste blog, nos seus comentários) ou então fazer como Pôncio Pilatos, (lavando as mãos dizendo que os culpados são os políticos).
Eles terão inevitavelmente culpas no cartório!!! Uns mais que os outros… Mas não são os únicos responsáveis por toda esta desgraçada situação.
Os verdadeiros culpados somos todos nós: Pelo desinteresse que demonstramos diariamente perante estes e outros casos.
Os verdadeiros culpados somos todos nós:
Que não nos assumimos como cidadãos de pleno direito, na defesa do nosso património.
Os verdadeiros culpados somos todos nós:
Que nos esquecemos de exigir a quem nos governa, (ou desgoverna por vezes) o respeito pelo nosso passado e pela nossa história.
Que raio de pessoas somos nós? Que serenamente e passivamente assistimos à degradação do nosso património!!! E não nos questionamos sobre toda esta desgraçada situação.
Pobres chafarizes
Que tão mal tratados estão
Será da chuva? Será da gente?
Da gente não é certamente
E a chuva não estraga assim.
Fui vê-los… a água não caía
Das bicas secas negras e fria...

Há quanto tempo a não vêem!
E que saudades, Deus meu!

Da água que me deram
Pobres chafarizes
Que tão mal tratados estão
Será da chuva? Será da gente?
Porque lhes dão tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...
O Albicastrense

quarta-feira, agosto 06, 2008

A NOSSA HISTÓRIA - (IX)

  A TERRA ALBICASTRENSE ATRAVÉS DOS TEMPOS 

"DUZENTOS ANOS DEPOIS..." 
No dia seis de Agosto de 1808, a grande maioria dos albicastrenses abandonaram as suas casas, a cidade e fugiram para parte incerta e para as aldeias vizinhas, temendo que o exercito imperial Francês, comandado pelo general Junot (I Invasão Francesa), subisse com as suas tropas, que estavam saqueando todas as terras alentejanas, por onda passavam, vindo até Castelo Branco, onde já tinham estado no dia 20 de Novembro de 1807, espalhando o terror e praticando toda a espécie de vandalismos, sequestros, profanação de templos, pilhagens, roubos e toda a sorte de latrocínios.
Duzentos anos depois, aqui fica a notícia desses tempos tão difíceis.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias. 
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista”

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...