quinta-feira, abril 28, 2011

SINAL VERDE - X

É costume dizer-se: “que só os burros não mudam de opinião”. Como também assim penso, só posso dizer que por vezes mais vale fazê-lo tarde que nunca.
Vem isto a propósito das alterações (mais uma), que o nosso presidente, resolveu fazer no local que as fotografias documentam.
Para este albicastrense que já ali ajudou a levantar pessoa caída, por causa da burrice cometida nas obras do “POLIS” para o local, só posso dizer que depois das alterações frente ao “Quiosque do Vidal”, se estava mesmo à espera da alteração seguinte.
Caro presidente, dar a mão à palmatória não é pecado! Pecado é reconhecer que pecamos, e continuar-mos a insistir que somos os melhores santinhos do sitio.
“Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules”.
É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade. Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses.
Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos.
Eu serei um dos quarenta!... E você ?
O Albicastrense

quarta-feira, abril 27, 2011

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XLVI

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Na sessão de 24 de Novembro:
E logo nesta Vereação pressuadidos os Vereadores que se passavão muitas ordens desnecessárias para os lugares deste termo determinarão que todos aquellas ordens ordinárias que athegora se tem passado se não passem daqui em diante sem que primeiro seja assentado por elles mesmo que se devem passar. E vendo taobem ser extraordinária a despeza que athegoar se tem feito com os caminheyros que levão as referidas ordens determinarão que o Escrivão da Camara as entregue ao depozitario dos bens do Conselho sem que nellas conte nada para os caminheyros ficando o mesmo Depozitario obrigado a remetellas e dar à Camara a conta da despeza que faz na sua remessa para por ella lhe ser abonada isto pelo que respeita aos cinco montes das Freguesias. E declarão tãobem que este Acordão terá Execução só a respeite das ordens ordinárias e não a respeito das Extraordinárias”.
Era para que o depositário dos bens do conselho soubesse que as contas de saco tinham acabado. Havia de mudar as ordens ao seu destino, mas havia de dar conta de despesa, à Câmara, para que esta lhe abonasse. Se não, não.
Depois os vereadores deliberarem mais o que a acta reza.
"E nesta vereação se determinou mais que se tomassem as contas do Monte da Piedade e para contador das mesmas nomearão o Dr. José Esteves Povoa a quem será dado hum Escrivão pelo Presidente da Câmara".
Nada mais justo. Desde que o monte de piedade ou celeiro comum tinha ido água abaixo, impunha-se que se fizesse a liquidação para se saber em que contas se estava.
Mas os vereadores ainda não se ficaram por aqui. Nesta sessão trataram de endireitar tudo o que dizia respeito a dinheiro, e assim é que, como diz a acta.
"Determinarão que fosse notificado o depositário dos bens do Conselho e Povo para que todas as quartas feiras viesse à vereação para pagar os mandados que lhe fossem entregues".
Era ali, diante de todos, que havia de apurar-se o que o homem tinha de pagar.
(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

domingo, abril 24, 2011

25 DE ABRIL DE 2011


37 anos depois a mesma luta!
25 DE ABRIL SEMPRE!
Neste dia tão importante para a grande maioria dos portugueses, nada melhor que lembrar aos albicastrense, que a açao “simbólica” proposta por este albicastrense para o dia feriado da nossa cidade, continua marcada.
“Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules”.
É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade. Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses.Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos.
Eu serei um dos quarenta!... E você ?
O grupo do João no Facebook, continua à sua espera: "Eu sou contra o corte de 40 árvores na Sra. de Mércules, em Castelo Branco". Divulgue-o junto dos seus amigos.
O Albicastrense

quinta-feira, abril 21, 2011

ALBICASTRENESES ILUSTRE - XXI


FREI DIOGO DE S. MIGUEL
1505-157(?)
De nome familiar Diogo Frazão, nasceu em Castelo Branco em 1505, sendo filho de João Rodrigues e da sua mulher D. Joana Frazão. Não encontramos notícias da sua mocidade, mas é legitimo admitir que que tivesse tido uma formação universitária, pois Frei António da Purificação referindo-se a ele, classifica-o de “doctíssimus”.
A 15 de Junho de 1538 professa no Convento dos Ermitas de Santo Agostinho, em Lisboa. Por três vezes é nomeado Reitor do Colégio da Graça de Coimbra, sendo também eleito Provincial da sua Ordem: a primeira vez em Coimbra em 1568, a segunda em Évora, no ano de 1576. Em 1570 lança os fundamentos do Convento da Nossa Senhora da Luz da vila de Arronches, de que veio a ser o primeiro Prior, vindo a falecer cerca de dez anos mais tarde no Convento da Nossa Senhora da Assunção de Penafirme. Verificando quão proveitoso seria para os religiosos da Sua Ordem, em especial os que não conheciam o latim, terem presente em Português as regras da disciplina a que se deviam submeter e seguir, escreveu em 1563. “Exposiçam da Regra do grandioso Padre santo Augustinho, copilado de diversos Autores”, que dedica à Rainha D. Catarina.
Este livro foi escrito numa linguagem elegante e sugestiva, ainda hoje encanta pelos princípios morais que encerra, pela argumentação penetrante mas singela, pois conforme diz: …
“nê menos gastarey têpo em q'as palavras sejam elegantes e polidas, porque há verdade de qualquer escritura, milhor se entenda e gosta dita com palavras chãas e claras, que com palavras altas e afeitadas...”.
Por: Manuel da Silva Castelo Branco
O Albicastrense

quarta-feira, abril 20, 2011

EXPOSIÇÃO - XIX


ANTÓNIO ANDRADE FERNANDES
Título: Caminho de Sonhos Renascidos.
Este quadro foi executado no ano de 2006, é uma pintura a óleo, sobre madeira, tela e manta de trapos, foram utilizados na sua composição também fios e berlindes.
Da-se um figo a quem acertar o nome das três personagens que compõe esta história.
O Albicastrense

terça-feira, abril 19, 2011

CRÓNICAS DO QUINTAL DOS MARRECOS - II


No quintal dos Marrecos resolveu o Marreco-mor marcar um plebiscito aos Marrecos povão. O motivo deste plebiscito deve-se ao facto do Marreco primeiro, (apelidado por alguns, como: Marreco “Corajoso”), ter desistido de reger os destinos do quintal e ter apresentado ao Marreco-mor, a renuncia ao respetivo poleiro. Os argumentos apresentados para esta renuncia, foram a não aprovação pelo grémio “Marrécal” de um tal “PEC” 1000 (Plano Especial Catita).
Os Marrecos povão, vão entretanto ouvindo pelo quintal (e arredores), os argumentos da renúncia do Marreco “corajoso”, assim como as acusações feitas pelos chefes dos outros grupos “Marrecaís”, sobre a triste situação em que o Marreco primeiro e seus auxiliares deixaram o quintal Marrécal. A corrida à ocupação do poleiro-mor está a decorrer com o chefe dos Marrecos laranja, (conhecido por Coelho falador) a tirar da cartola: não um coelho, mas um Nobre!... (que parece ter deixado de o ser), esqueletos de armários e a engolir um tal: “Plano Especial Catita” que tinha provocado a demissão do Marreco primeiro. O Marreco “filósofo” (chefe dos rosas) independentemente de ter apresentado a sua demissão ao lugar de Marreco primeiro, e de ser o principal indiciado pelo lamaçal em que o quintal se encontra, resolveu candidatar-se de novo ao poleiro do quintal. Em tertúlia realizada pelos rosa no café da esquina, ele acaba designado para nova corrida ao cargo de Marreco primeiro.
No entanto a disputa pelo poleiro no quintal Marrécal, não se fica pelos rosas e laranjas, existem outros grupos de marrecos que em virtude da sua escassez Marrécal, não têm conseguido impor-se. Estes grupos de Marrecos minoritários, parecem sofrer de (S.P.M.) “Síndroma Politique Menor” , que os impede de crescer e de se multiplicarem, de forma a poderem ter voz activa nas discussões do quintal Marrécal.
A luta ao poder no quintal Marrécal está à aquecer, espera-se a todo o instante novos episódios, episódios que este cronista da fava, (com bom enchido e de preferência da minha Beira Baixa), irá aqui relatar de forma muito aérea e sem os devidos cuidados "politiqueiros". Quem não gostar destas analises muito rascas, pode sempre manifestar-se na secção dos comentários, comentários esses que serão sempre respeitados, (mesmo aqueles que digam mal do cronista da fava).
Até há próxima crónica Marrecal.

“Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules”.

É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade. Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses.
Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos.

Eu serei um dos quarenta!... E você ?

O Albicastrense

segunda-feira, abril 18, 2011

quinta-feira, abril 14, 2011

REVISTA ESTUDOS DE CASTELO BRANCO


A revista "Estudos de Castelo Branco" celebra no próximo dia 8 de Junho, meio século de existência. Para comemorar este acontecimento, irei aqui colocar alguns dos artigos publicados por esta revista, ao longo dos seus cinquenta anos.

UM PEQUENO RESUMO HISTÓRICO
DA REVISTA
"ESTUDOS DE CASTELO BRANCO"

A revista que agora comemora 50 anos de existência, veio a público no dia 8 de Junho de 1961. Tinha como Director: José Lopes Dias. Como editor: Ulisses Vaz Pardal. Como proprietariado: João Caetano D' Abrunhosa. Tinha no conselho de redacção: Maria Adelaide Silva Caio, Alberto Trindade, Carlos Caritas Bento e Henrique Mendes Carvalhão. Em Julho de 2007 aquando da saída do seu último número, esta revista tinha como director, (e continua a ter), António Forte Salvado. Como sub-diretor: Arnel Afonso. Como editor e proprietário: António Forte Salvado. Meio século de existência, 63 números publicados, centenas e centenas de artigos publicados e, local onde muitos e muitos albicastrenses uns ilustres outros menos ilustres, publicaram os seus trabalhos, deixando deste modo testemunhos para as gerações futuras.
O período de ouro dos estudos, (se assim lhe podemos chamar), foi entre 1961 e 1974, espaço de tempo em publicou 50 das suas 63 edições, e nunca sofreu qualquer interrupção. Com a chegada do 24 de Abril de 1974, também esta revista foi “vitima” dos novos tempos e das novas ideias, e pouco a pouco foi perdendo o fulgor dos tempos passados.
Cinquenta anos depois, é de toda a justiça lembrar aqui alguns dos artigos publicados pela revista, assim como muitos dos autores que ali colocaram os seus artigos. A título de curiosidade lembrava que o primeiro artigo publicado por esta revista é da autoria de: Manuel Castelo Branco e tem por titulo: “Alcaides – Mores de Castelo Branco”.
O ultimo artigo publicado por esta revista, foi publicada na revista de 2007 e tem por título: “Aquilino Ribeiro e o filtro do século”, da autoria de João Pedro Delgado. Na altura em que passam cinquenta de vida desta revista, gostaria de fazer aqui uma sugestão a António Forte Salvado e à nossa autarquia:
Não seria possível reeditar no ano em que resista celebra o seu meio século de existência, a edição dedicada ao bicentenário da nossa cidade, (1971)? Desta forma homenageamos os fundadores da revista, e colocávamos à disposição dos albicastrenses uma das suas melhores edições.
Primeiro fiz uma sugestão a António Forte Salvado, (homem por quem tenho um apreço do tamanho do mundo) de seguida, aproveitava esta oportunidade para lhe colocar uma pergunta, (pode ser que através de terceira pessoa, esta pergunta chegue até ele) e cuja resposta, seria o segundo post sobre os estudos de Castelo Branco.
A pergunta é a seguinte: A revista "Estudos de Castelo Branco" é hoje uma grata recordação de outros tempos, cujo o testamento se encontra espalhado pelas bibliotecas de todos aqueles que ao longo dos seus cinquenta anos, foram adquirindo os suas edições? Ou, ela é ainda uma revista que pode e deve continuar a servir os Albicastrenses e a sua cidade? Para terminar aqui fica o primeiro post sobre esta revista. Por sinal, também o primeiro artigo publicado pela revista.
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Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules.
É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade. Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses. Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos.
Eu serei um dos quarenta!... E você ?
Este texto será a partir de hoje, inserido em todos os posts que aqui forem colocados, até ao dia da acção “simbólica” na praça do nosso Município.
O Albicastrense

quarta-feira, abril 13, 2011

VELHAS IMAGENS DA MINHA CIDADE - XV


A imagem que aqui deposito à descoberta dos visitantes, é desta vez bem diferente das que até então aqui postei.
Esta imagem terá sido captada na década de cinquenta, ou sessenta, do século passado num jantar realizado numa das salas mais prestigiadas da nossa cidade.
Este tipo de jantares, eram muito comuns nessa altura. Segundo sei, as pessoas que podemos ver nesta fotografia, eram alguns dos comerciantes mais importantes dessa época na nossa cidade.
A pergunta desta vez é a seguinte: em que local foi tirada esta fotografia e, se conhece algum destes albicastrenses!?
PS. Tal como das outras vezes, as respostas certas só serão publicadas dois ou três dias depois, para que todos possam tentar adivinhar o local.
O grupo do João no Facebook, continua à sua espera: "Eu sou contra o corte de 40 árvores na Sra. de Mércules, em Castelo Branco". Divulgue-o junto dos seus amigos.
O Albicastrense

domingo, abril 10, 2011

Senhora de Mércules - 1959, por Ernesto Pinto Lobo


Se existem homens a quem a nossa cidade e os albicastrenses nunca conseguiram pagar toda um vida de dedicação à causa comum, Ernesto Pinto Lobo será um destes casos. Na aproximação de mais um aniversario da sua morte, (21 de Abril de 1999), aqui ficam as suas imagens e as suas palavras, sobre o que foi a romaria da Senhora de Mércules em tempos passados, o que era na altura em que deu voz a este pequeno filme e o que deveria ser em tempos futuros, na sua perspectiva.

Pinto Lobo foi uma individualidade de cultura e simpatia completamente invulgar na nossa terra. Ele divulgou e honrou o nome da nossa cidade como poucos o fizeram, através dos seus costumes, das suas tradições e do património e história da nossa terra. Este pequeno vídeo será um reviver de memórias para muitos albicastrenses, mas também uma pequena gratidão deste albicastrense para com um homem que não tendo nascido na nossa terra, fez mais por ela que muitos dos que aqui nasceram, e do qual este albicastrense guarda boas e felizes recordações.

Para terminar esta pequena prosa, gostaria de acrescentar que este homem bom não estará presente na acção proposta por mim: “Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules”, mas se hoje fosse vivo e no encontrássemos no café do Amândio, local onde muitas e muitas vezes tomamos café juntos, ele diria: “Bispo não lhes dês descanso”. Assim como já teria tomado posição publica, sobre o corte dos cedros na Sra. De Mércules.

O Albicastrense

quinta-feira, abril 07, 2011

COMENTÁRIOS - XIII


O CHACAL DISSE...
Posso informar que hoje às 10 horas da manhã andava uma máquina de uma empresa que faz obras para a câmara a arrancar as raízes dos cedros cortados. Pelos vistos estavam a ter bastante trabalho porque o raio das raízes não queriam sair. Tudo indicava que os cedros afinal de contas não estavam podres. Podre deve estar a sua consciência. Agora estão com pressa de esconder a barbaridade que cometeram para não serem censurados por todos os que forem à festa da Sra. de Mércules. Esta gente são uns hipócritas. Têm a religião na boca, mas não no coração.
Comentários para quê! As palavras do Chacal são mais que suficientes...
Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules. É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade. Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses. Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos.
EU SEREI UM DOS QUARENTE!... E VOÇÊ ?
O Albicastrense

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XLV

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado. Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Toda a gente sabe que o Tanque da Graça era o que hoje se chama o chafariz da Graça, melhorado depois daquela data, bem atendido. A Páqueixada, a Fonte do Tostão e a Fonte Nova ainda conservam os mesmos nomes e todos as conhecem. O que nem todos saberão (apesar de nos parecer que já uma vez o dissemos) é o que era e onde ficava a Fonte da Devesa. Pois fiquem sabendo que essa fonte era o que hoje se chama chafariz de S. Marcos.
A Devesa abrangia uma grande extensão. Ia até ao extremo leste do Cansado e vinha desde a Barbacã, que se estendia por onde hoje está a Avenida Vaz Preto e a Rua Tenente Valadim.
Na sessão imediata, que se realizou em 12 de Setembro, primeiro é feita a leitura da provisão régia que, como já dissemos, nomeava dois membros novos da Câmara em substituição de dois que tinham falecido.
A seguir nomeavam para procuradores do povo, “para servirem do prezente dia em diante. João de Mendanha Valladares e António Ignacio Cardozo Frazão”.
Ainda depois: Determinarão que ninguém vindimasse suas vinhas senão depois do dia de São Miguel em diante sob pena de três mil reis pagos de cadeia depois de seis dias de prisão. Nada menos do que isto: seis dias de de cadeia e três mil reis de multa a quem vindimasse antes do dia de São Miguel. Mas depois os homens arrependeram-se, porque, no dia 24 de Setembro, “deram licença, para que todos vindimassem suas vinhas de hoje em diante e se mandou lanssar, pregão para o mesmo”.
Temos agora um salto de quase um mês, visto que a sessão seguinte se realizou em 23 de Outubro. O que se passou nesta sessão mostra que já nesse tempo os vereadores da região eram, pouco mais ou menos, o que hoje são na sua grande maioria. A respeito de saberem unir-se e cuidar da defesa dos interesses comuns... estamos conversados! Façam favor de ler:
Na mesma vereação de vinte e três de Outubro de 1790 depois dos Vereadores com assistência dos Perfuradores do Povo terem examinados os livros porque se tem repartido e recolhido o pam do Monte da piedade que foy instetuido para beneficiar os lavradores deste termo e cujo fim se tem faltado pello pouco cuidado que tem havido na a recadação do mesmo pam nos respectivos anos da sua repartição ficando por esse motivo sendo innutil por não se poder repartir nos annos seguintes o que se tem particado principalmente nos três anos próximos passados em que apenas se tem recolhido poucos alqueires, e considerando os mesmos vereadores este Monte da piedade não pode nem deve subsistir sem confirmação de S. Majestade para cujo fim tendo-se-lhe feito varias reprezentacoens foram huas ascuzas e outras indeferidas:
Determinarão que tombado a pam que prezentem se acha no soleyro de vende depozitandose o seu produto para se restituir a cada hum dos conselhos as quantias com que concorrerão para o dito Monte:
E outro sim determinarão que se executassem todos os actuais devedores visto terem faltado com pagamento: nomeando para Procurador desta execução a Manoel António de Carvalho que servira tãobem de depozitario ao qual se pagarão todos os selarios que lhe forem arbitrados fezendosse todas as despezas à custa do mesmo seleyro.
E pronto. Por desleixo, por cada um pensar só em si e não se importar para nada com os outros, por não se preocuparem pouco nem muito com o cumprimento dos seus deveres, lá deixaram os lavradores ir por água abaixo o celeiro comum dos lavradores ou monte da piedade, que podia prestar e realmente prestou nos dois ou três primeiros anos, relevantes serviços aos agricultores, especialmente aos menos abonados! Na ocasião das sementeiras, os que não tinham nem sementes nem dinheiro para as comprar encontravam-nas ali, emprestadas quase sem encargos até à época das colheitas, pagando então nas mesmas espécies o que lhes tinham emprestado .
Deixaram cair tão útil instituição e o resultado foi caírem depois nas mãos dos usuários e verem-se cada dia mais pobres.
(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

terça-feira, abril 05, 2011

TIRAS HUMORÍSTICAS – LXXVII

BIGODES & COMPANHIA
A dupla de “Bigodes & Companhia”, brinca com a iniciativa promovida pela Juventude do Social Democrática (JSD), no dia das mentiras na nossa cidade. Companhia sempre armado em Chico esperto, utiliza uma citação de Mark Twain, para impressionar Bigodes.
PS. O grupo do João no Facebook, continua à sua espera: "Eu sou contra o corte de 40 árvores na Sra. de Mércules, em Castelo Branco". Divulgue-o junto dos seus amigos.
O Albicastrense

sábado, abril 02, 2011

AVENIDA NUNO ÁLVARES


SINAL VERMELHO
A MAIS BONITA PRINCESA DA MINHA TERRA
Já por várias vezes aqui falei da avenida Nuno Álvares. Da última vez coloquei neste blogue, fotografias que documentavam o estado miserável em que se encontravam alguns dos bancos, assim como dos espaços ajardinados da mais bonita princesa da minha terra. Curiosamente algum tempo depois, os bancos foram arranjados (sinal de que alguém, sempre vai olhando para o que aqui se vai dizendo), porém, os espaços ajardinados continuam (como se pode ver nas fotografias tiradas hoje no local), uma autêntica tristeza .
Que raio se passa na autarquia da minha terra? Então o presidente faz e desfaz em determinados espaços da cidade, e depois permite que esta linda princesa, tenha os seus espaços ajardinados na situação desgraçada em que encontram!... Ou será que a estratégia é deixar degradar a princesa, para depois poderem argumentar que a pobrezinha se tinha deixado abandalhar, e em virtude dessa degradação, se tornou prioritário colocar ali mais umas toneladas de granito.
O actual estado destes pequenos espaços ajardinados, envergonha quem dirige os destinos da autarquia da minha terra, fazem corar de vergonha quem por ali passa diariamente e transforma a nossa princesa numa espécie de “pobre princesa” abandonada. Por isso faço aqui um desafio aos responsáveis pela autarquia da minha terra: senhor presidente a continuação destes espaços na triste miséria em que se encontram, é um verdadeiro murro na vista dos albicastrenses.
Faça o "favor" de os mandar alindar.
Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules. É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade. Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses. Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos. Eu serei um dos quarenta!... E você ?
PS. O grupo do João no Facebook, continua à sua espera: "Eu sou contra o corte de 40 árvores na Sra. de Mércules, em Castelo Branco". Divulgue-o junto dos seus amigos.
O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...