segunda-feira, fevereiro 25, 2013

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - LXXI

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.

(Continuação)
Vem agora a sessão de 4 de Maio.
A Câmara mandou coutar os alqueives, ordenou que os gados saíssem deles dentro do prazo de dois dias e mais não disse.
A sessão seguinte realizou-se em 24 de Maio.
Depois de nos dizer quais foram os “Ministros e officiaes” que assistiram à sessão, a acta reza assim:

Nesta Vereação abonarão por fiadores e principais pagadores a Gonçalo Joze Vaz Nunos Preto e Francisco Henriques de Castro da Villa de Idanha-a-Nova, no contracto que faz Gaspar Per. da Costa negociante e morador na rua do Alecrim da Cidade de Lisboa da Comenda de Santa Maria de Alcains por tempo de quatro annos por serem pessoas ricas a abastadas tudo na forma das ordens expedidas e se mandou que extrahido por certidão este acórdão se remetesse para onde direito for:

Ficam os nossos dois leitores sabendo que havia nesse tempo uma Comenda se Santa Maria em Alcains. E devia ser qualquer coisa de importante, visto que apesar da distancia, das dificuldades dos transportes de pessoas e mercadorias, se metia a arremata-la por quatro anos um negociante de Lisboa, que morava na rua do Alecrim e merecia confiança aos ricos proprietários Gonçalo José Vaz Nunes Preto e Francisco Henriques da Castro, o que quer dizer que não era qualquer negociante de secos e molhados que se contentasse com lucros de dois ou três vinténs.
Ainda nesta sessão, por ter desistido “do officio de partidor dos órfãos” Manuel dos Reis Soares foi nomeado para o exercício do cargo o Dr. José Esteves Póvoa, “pessoa em quem reconhecem as qualidades necessárias para o exercer o mesmo officio”, mas que, pelo que já se tem visto, era pau para toda a obra. E depois, “por não haver mais despacho”, foi encerrada a sessão.
(Continua)

PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

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