sexta-feira, agosto 30, 2013

POETAS DA MINHA TERRA


CADA DIA SE FAZ....

Cada dia se faz alçando a pedra
ao cume da montanha, ingloriamente -
o corpo esfacelado ao alto leva
aquele peso enorme, de repente

ralando para baixo p'ra que s'erga
de novo até ao alto, e outra vez e sempre,
o suor escorrendo-me disperso
por todo o corpo confundindo a mente.

E é este o meu diário repetido
com gestos com sentido mas inúteis
como se fossem ferro de castigo.

A pedra mais parece algo de fútil
neste jogo que ainda não perdido
porém nada me mostra de seguro.

Poema que consta do livro, "Sonetos do Interregno" de António Forte Salvado, editado em 2013.
Albicastrense 

quarta-feira, agosto 28, 2013

VIVENDAS DA AVENIDA NUNO ÁLVARES


 AS IMAGENS NÃO MENTEM!
ELA ESTÁ UMA LINDEZA...

Em Julho postei aqui um post, onde dava a conhecer as obras que decorriam em mais uma das vivendas da avenida Nuno Álvares.
Cerca de três meses depois, as obras estão concluídas, como aliás se pode ver nas imagens aqui postadas.
Embora não sabendo os serviços que ali vão ser instalados (nem tal interessa para o caso), não posso deixar de dizer (mais uma vez), que a recuperação desta vivenda é um trabalho que merece ser aqui destacado.
Três vivendas estão já recuperadas na avenida Nuno Álvares, todavia o tempo não é de lançar foguetes nem de atos eleitorais, o tempo é de deitar mãos à obra, pois ali bem perto existe uma das mais belas vivendas da terra albicastrense.
Vivenda construída no início da abertura da avenida e que atualmente está uma autêntica calamidade, perante a desgraçada condição em que a dita cuja se encontra, apenas uma frase:

MÃOS À OBRA! MEUS AMIGOS …
O albicastrense

domingo, agosto 25, 2013

O HIPÓLITO COMENTA XIV




         O HIPÓLITO COMENTA ....


Quarenta anos depois da publicação destes desenhos no antigo jornal “Beira Baixa”, aqui ficam mais dois desenhos do Hipólito.









Desenhos de Amado Estriga. Textos de João de Mendonça.


O Albicastrense

quinta-feira, agosto 22, 2013

ALBICASTRENSES ILUSTRES XXXIII

MARIA CIPRIANA LOBATO OLGUIM
26 de Abril de 1898  - 1 de Janeiro de 1984 

Enfermeira de Guerra, entre 1914 e 1918. Populariza-se no cinema, depois de se estrear em Tinoco em Bolandas (1924) de António Pinheiro.
Participou em inúmeros filmes do cinema português dos anos  50, tais como, O Costa do Castelo (1943), A Menina da Rádio (1944), O Leão da Estrela (1947), O Grande Elias (1950), O Noivo das Caldas (1956), O Crime da Aldeia Velha (1964), O Trigo e o Joio (1965), Nazaré (1952), Madragoa (1952).
Trabalhou praticamente com todos os grandes realizadores da sua época, Artur Duarte, Perdigão Queiroga, Leitão de Barros, António Lopes Ribeiro, na década de 80 foi dirigida por Lauro António em, Manhã Submersa (1980). Ao longo da sua carreira cinematográfica, participou em mais de 40 filme, sendo pois justo que a recordemos e não a deixarmos cair no esquecimento colectivo. 
Interpretou esporadicamente, peças de teatro televisivo. Sob a direcção de Artur Ramos; Auto da Natural Invenção, de Luiz Francisco Rebello; Dez Contos de Reis, de Teresa Rita Lopes; Realidade da Fantasia de Claude Gével.
O Albicastrense

segunda-feira, agosto 19, 2013

ANTIGO TEATRO DE CASTELO BRANCO


VELHOS TEATROS DA TERRA ALBICASTRENSE
(Inauguração em 1896)

Construído nos finais do século XIX, sucedeu ao famigerado teatro da Sé. Construído no Largo de Santo António, onde já anteriormente existira o Teatro União. 


 















                                 O Albicastrense

sábado, agosto 17, 2013

PASSADIÇO DA TERRA ALBICASTRENSE



 ATRAVÉS
 DA
 IMAGEM

 

Pouco mais de cem anos separam estas imagens, todavia, ao mirar estas imagens não podemos deixar de sorrir e pensar: 
este nosso Passadiço é bem airoso".
O Albicastrense

quarta-feira, agosto 14, 2013

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – LXXVI

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).

O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.

(Continuação)
No ano de 1794 não tornou a Câmara a reunir-se em sessão. Só no dia 1 de Janeiro de 1795 torna a reunir-se para a nomeação das justiças e mais nada.
A sessão imediata realiza-se em 9 de Janeiro. São nomeados os derramadores da sisa e é lançada nova finta de seiscentos mil réis para acudir às necessidades dos expostos, que eram cada vez em maior numero.
Lá torna a aparecer Monforte com a maior verba. Paga 160.000 réis, ao passo que a sede do conselho paga 120.000 réis.
Vem depois a sessão de 20 de Janeiro. Do que nela se passou só nos diz o escrivão Aranha que “se despacharão varias pedições”, sem dizer que pedições fossem, e passa adiante:
A sessão imediata realiza-se em 20 de Fevereiro precisamente um mês depois. É aberta a carta regia que nomeia os novos vereadores, os quais são: José Martins Goulão, Diogo da Fonseca Barreto Mesquita e José Caldeira de Ordaz e Queirós. Procurador do Conselho era José Agostinho Pancas.
Vem agora a sessão de 23 de Fevereiro de 1795. O que nela se passou foi mais de nada. Diz a acta que os vereadores:
determinarão que visto terce arrematado as Tabernas sem que ouvesse separassão da licensa que os arrematadores devem pagar a esta Câmara que tem o direito e está na posse de a arbitrar”.
Além disse foram “eleitas as Justiças de Escalos de Baixo”, porque a Câmara a não tinha feito na sessão de 1 de Janeiro. Esquecimento da Câmara ou do nosso escrivão Aranha? Não se sabe, porque a acta o não diz.
A sessão imediata realizou-se no dia 1 de Marco e da acta só consta que: “nomearão para cobrador da sisa no lugar de Monforte a Francisco Rufino
E mais nada. Até se dá o caso de a acta não aparecer subscrita pelo escrivão Aranha nem assinada por nenhum vereador.
(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

quarta-feira, agosto 07, 2013

OS NOSSOS ARTESÃOS


"O ÚLTIMO DOS LATOEIROS DA TERRA ALBICASTRENSE" 

Ao passar pelo Largo do Espírito Santo, dei comigo a olhar para uma velha latoaria que ali existe à quase cem anos, latoaria que dia menos dia, corre o risco de vir a fechar portas.
Falei com José Lucas, atual proprietário desta latoaria, segundo ele, a latoaria abriu portas na década de 20 do passado século, tendo sido seu primeiro proprietário Manuel Daniel que na década de 60 lhe passou o negócio.
Manuel Lucas o último dos Latoeiros da terra albicastrense, disse-me que abandonou a escola aos nove anos, altura em que começou a aprender o oficio de latoeiro com o “Segola” (será alcunha ou apelido?), latoeiro que tinha latoaria na rua da Amoreirinha, (em tempos conhecida por rua dos latoeiros, e onde chegou a haver três latoarias).
José Lucas transferiu-se do “Segôla” para o mestre José Pedro, mestre que tinha oficina na mesma rua, tendo sido ele a ensinar-lhe os segredos da profissão (Curiosamente, conheci estes dois latoeiros na minha juventude, pessoas que eram autênticos artistas na arte da chapa zincada e da folha de flandres).
Ao falar com José Lucas, facilmente nos apercebemos que a arte de latoeiro lhe percorre o corpo, tal como o sangue lhe percorre pelas veias. 
Do muito que ele me contou, não posso deixar de aqui comentar o seguinte desabafo: “hoje, ninguém quer aprender este ofício, eu sou o último dos latoeiros da cidade”, desabafo que devia envergonhar todos os responsáveis pelo sector da formação profissional no meu país.
- Num país com centenas de milhares de desempregados, não deveriam os responsáveis pela formação profissional, olhar para situações como esta?
- Ou será, que este e outros artesãos são já figuras de outros tempos, figuras que só poderemos observar num futuro próximo, num qualquer museu ou através de um filme?
Deixar morrer estes artesãos e não apostar na formação de gente para os substituir, deveria ser considerado crime!..... 
O Albicastrense

domingo, agosto 04, 2013

CRÓNICAS DO QUINTAL DOS MARRECOS - (IV)

AS FÉRIAS DOS MARRECOS MANDANTES

No quintal marrécal o povão anda entusiasmadissimo, entusiasmo esse que apressadamente se transformou em euforia! O motivo de tanto contentamento, prende-se com a cobertura que os órgãos de comunicação social fazem diariamente sobre as férias do marreco presidente e do primeiro marreco.

- O marreco "Zé Desempregado", farto de ver tantas notícias sobre as férias dos ditos cujos, avisou os promotores das notícias, que na sua televisão estas noticias não entram, por isso cortou-lhe o pio.
- A marreca "Maria Sem Férias", comentou na vizinhança que vai exigir o mesmo tratamento aos respectivos órgãos de comunicação social, quando por volta de 2020 (se o altíssimo deixar), for de férias para a quinta das tabuletas.
- O marreco "Manel Sem Cheta", informou que vai apresentar queixa contra os responsáveis pelas noticias, uma vez que nas últimas férias dele (1900), nenhum órgão de comunicação social se preocupou em divulga-las.
- A marreca "Subsidiada Sem Nada", farta de tanta propaganda às férias dos respetivos marrecos, publicou no jornal da terra, que não era responsável pelos gastos dos ditos marrecos.
- O marreco "Avô das Cantigas", comunicou a quem o quis ouvir, que não faria qualquer espectáculo de borla para recolher verbas para pagar as férias aos dois pobrezinhos.
- O marreco cantor " Das Cidades", notificou os responsáveis pelas notícias, que espera vê-los com a mesma genica informativa, quando pousar sem disco a tapar-lhe a pilinha.
- O marreco "Falecido António Das Variações", mandou uma alma cantante do outro mundo, para informar os respectivos órgãos de comunicação social, que as almas penadas do Além consideram, (muito seriamente), deixar de ver televisão, se não houver equidade, (bonita palavra !...), de tratamento, entre os que estão de férias nas quintas das tabuletas e os marmanjos em causa.
- O marreco Zé Inseguro, já comunicou aos referidos órgãos de comunicação social, que a cobertura feita às férias dos passarões mandantes é excessiva, por isso, enquanto esse tratamento continuar, ele não irá dizer um pio a quem quer que seja sobre a difícil situação do PS, (perdão! Do pais...).
- Por fim, o marreco ex-presidente Mário Sóares, indignado com tanta faladura sobre as férias dos passarões mandantes, informou que vai contratar uma dúzia de seguranças para impedir que os órgãos de comunicação social, apanhem imagens suas, (cruzes canhoto!..), nas férias que vai passar na praia do Meco.

Num comunicado chegado ao autor deste texto, está escarrapachado que grupos de marrecos "(Anónimos) sem cheta", irritados com tanta propaganda às férias do marreco presidente e do primeiro marreco, vão promover manifestações de contestação frente aos canais responsáveis por toda esta espalhafatosa promoção. 
Os organizadores apelam aos marrecos interessados em participar, que é obrigatório levar meia dúzia de "mines", dois pratos de caracóis, e um prato de tremoços, (este é facultativo), para poderem dar vivas a tão importante acontecimento.
O Albicastrense

quinta-feira, agosto 01, 2013

CONCURSO DO VESTIDO DE CHITA DE 1970


ACONTECIMENTOS DO PASSADO

Já aqui falei muitas vezes, dos antigos concursos do vestido de chita que se realizaram no passado em Castelo Branco.

Volto hoje ao tema, em virtude de me ter sido oferecido por um bom amigo, um suplemento do antigo jornal “Beira Baixa” totalmente dedicado a um desses concursos (Julho de 1970).

Suplemento que é uma autêntica preciosidade, raridade que vou partilhar com os visitantes deste blog, pois seria idiotice minha deixá-lo esquecido no fundo de uma gaveta.

Quarenta e três anos depois, a única coisa que posso dizer em relação ao espectáculo, é que eu fui um dos oito mil albicastrenses, que se deslocaram ao velho parque desportivo da cidade nesse dia, para ali assistir ao concurso do vestido de chita desse ano.

Quarenta e três anos depois, as jovens concorrentes estarão hoje menos jovens e talvez algumas delas já nos tenham deixado, desejo que a publicação deste poste, seja para aquelas que ainda cá estão, uma lindíssima recordação e que para os familiares das que já partiram, ele seja visto como uma pequena e justa homenagem.
O Albicastrense 

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12 "ÙLTIMA")

Última publicação do excelente trabalho que António Roxo publicou em antigos jornais da terra albicastrense.   “O Espaço da vida polític...